Capítulo 4

138 36 52
                                    

CLARINHA NA MÍDIA

Assim que entrei na sala me deparei com Maria Clara caída por cima do braço direito ao lado sofá, corri até ela e a levantei, mas assim que toquei em seu braço direito ela gritou como se eu estivesse arrancando o braço dela fora.

-O que foi meu amor? - Perguntei alisando suas bochechas.

-Mamã, meu blachinho tá nuendo. - Respondeu com os olhos cheios de águas e o nariz vermelho, prova de que estava chorando.

-Como você caiu? - Perguntou minha tia.

-O vovô me empuou sem queler.

-Tia, vamos levar ela para o hospital. - Disse me levantando com ela no colo e a entregando nos braços de tia Marina. -Vamos com o seu carro, pode ser?

-Claro! - Ela respondeu.

-Ótimo, vai levando ela, eu já vou, só vou pegar dinheiro e os documentos meu e dela, caso precise! - E minha tia se foi sem me responder, fui até meu pai que estava sentado na poltrona que ficava de frente ao sofá que ele tinha empurrado ela. -Olha para mim papai. - Ele levantou os olhos lentamente.

-O que? - Perguntou como se nada tivesse acontecido.

-Por que fez isso?

-O que eu fiz? - Gargalhei ironicamente.

-Me poupe, né pai? Você acabou de empurrar a Maria Clara do sofá e você ainda... - Ele me cortou.

-Não use "Maria" para se referir aquele ser imundo.

-O que? - Perguntei sem entender.

-Isso mesmo, não use "Maria" que era o nome da sua mãe para falar daquela criança que veio para estragar a minha vida. - Ele falou e se levantou.

-Não acredito que você disse isso.

-Disse e repito...

-Não repete nada, nunca mais use palavras assim para se referir a minha filha, e aliás, eu vou me referir a ela por Maria Clara sempre, este foi o nome que eu dei a ela e foi em homenagem a minha mãe.

-Ela não tem o direito de ter esse nome, ela só veio pra estragar a vida de todo mundo! Sua mãe morreu por culpa dela!

-Já chega, pai, já chega. Minha mãe no morreu por causa dela nada, o que aconteceu foi um erro. - Ele deu um tapa na minha boca.

-Já chega você Hannah, você está de castigo, não sai dessa casa hoje.

-E quem é que vai me impedir?

-Eu, que sou o seu pai!

-Problema seu

-Você está passando dos limites.

-Eu faço 18 anos daqui 3 meses mesmo, posso dar um jeito de me virar sozinha quando eu fizer, e vou levar minha filha comigo para onde eu for.

-Hannah , por favor, você não vê que essa menina só veio para atrapalhar a nossa vida? Nós éramos uma família tão feliz, e foi só ela nascer que o inferno começou e agora você está ficando contra mim.

-Eu não estou ficando contra você pai, eu só não acho certo o seu modo de tratar a Clarinha ela é um bebê, ela só 2 anos, você não consegue enxergar isso?

-Não, o que eu enxergo é uma pessoa que destruiu a minha vida.

-Cansei, presta bem atenção pai, reze, mas reze bastante porque se acontecer alguma coisa com a Clara, a mínima que for, você irá se arrepender e um dia eu vou fazer você sentir raiva de cada palavra que disse sobre ela. - Me virei para a porta e fui embora sem esperar que ele respondesse.

O sonho de HannahOnde histórias criam vida. Descubra agora