[Concluído]
Após finalmente destruírem o CRUEL, enfrentarem todas as provas, variáveis e perdas, os imunes e os clareanos sobreviventes estão á salvo. Mas tudo isso está longe de ser um paraíso, pelo menos para Thomas. As lembranças são cruéis, até...
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— Tommy? — a voz ecoou no subconsciente de Thomas novamente. Mas havia algo diferente. Não era ela.
Thomas, repentinamente, abriu os olhos. Eles estavam marejados. Brenda não estava mais ao seu lado, para a sua sorte. Não queria que ela o visse assim.
— Eu juro que não queria que você passasse por tudo aquilo... Eu só...
— Droga! — Thomas murmurou em voz alta. Seu subconsciente resolveu pregar-lhe peças até acordado.
O céu amanheceu levemente rosado, expondo o brilho do sol sob sua cabeça, indicando o início de mais um dia. Novamente a culpa o invadiu, como o veneno mais poderoso entrando em ação. Thomas chorou, ao relembrar todos os momentos dolorosos que passou até ali. Era Newt o enlouquecendo dessa vez. Pelo menos eu ainda me lembro da sua voz — pensou.
Ouvir a voz do amigo, mesmo que em sonho, o deixou bem. Pelo menos o bastante para fazê-lo parar de chorar e se levantar.
Thomas preparou suas coisas para o longo dia, e se dirigiu á uma pequena cabana onde Caçarola preparava as refeições.
— Bom dia! — exclamou Minho, com um olhar malicioso — Como foi a noite? Dormiu bem?
Os clareanos ali presentes tinham o mesmo olhar que Minho e todos se voltavam para Thomas.
Thomas estremeceu diante daquela situação. Ele sentiu a temperatura do seu corpo se elevar drasticamente. Tinha certeza que estava vermelho de vergonha, e sabia muito bem do que estavam falando.
— Hm... Ah... Bom dia.
Só foi preciso ele dizer isso, para todos caírem na gargalhada.
— Que cara de sorte! — Caçarola provocou, dando tapinhas no seu ombro.
— Do estão falando? Eu não estou entendendo. — insistiu.
Minho suspirou. — Ah, qual é cara. Não se faça de desentendido, somos seus amigos. Nós vimos!
Um nó se formou na garganta de Thomas. Estava certo de que nunca havia passado tanta vergonha em toda sua vida.
— O-o que vocês viram? — seu nervosismo excedeu qualquer limite naquele momento.
Minho ri ao ver a situação do amigo. — Relaxa! Nós vimos a Brenda saindo do seu cantinho hoje bem cedo...
Um alívio percorreu cada milímetro de seu corpo, ao saber que só tinham visto aquilo. Seria péssimo se vissem ou ouvissem algo a mais.
Uma voz feminina interrompeu as risadas. — Bom dia garotos!
