[Concluído]
Após finalmente destruírem o CRUEL, enfrentarem todas as provas, variáveis e perdas, os imunes e os clareanos sobreviventes estão á salvo. Mas tudo isso está longe de ser um paraíso, pelo menos para Thomas. As lembranças são cruéis, até...
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Thomas engoliu em seco. O que ele tanto anseiava aconteceu, mas parecia mais difícil do que pensava. Por alguns segundos pensou em negar qualquer coisa e dar o fora dali o mais rápido possível, mas sabia que se não fosse agora, uma hora todos iriam saber. — E-eu... — o suor escorrendo de sua testa, as mãos trêmulas.
— Cara, só me diga! Isso tudo está tão óbvio, pelo menos pra mim, então abre o jogo Thomas. Primeiro que vocês nunca saem de casa, e quando saem é juntos, na festa quando Newt beijou a garota, eu vi você sair correndo de lá furioso, e o Newt saiu logo em seguida aos prantos. Sem contar a cara que ele faz quando você chega perto de uma garota. Isso não é normal! Tem alguma coisa aí e eu preciso saber Thomas... Quero ouvir de você! Somos amigos, não somos?
— Droga! Eu não sei por onde começar... Isso é mais difícil do que eu imaginava, Minho.
— Vocês estão juntos, não estão?
— Sim... Desde que ele voltou eu senti... algo diferente... E ele também. Minho, não dá pra controlar essa droga, simplesmente não dá pra tirar ele da minha cabeça. Ele sempre foi tão incrível comigo, e agora muito mais. Não dá pra parar.
— Eu entendo. Vocês não devem parar, é só que as pessoas podem começar a achar e falar coisas, e isso pode piorar tudo...
— Eu sei disso! Pretendíamos contar, mas é que parece cada vez mais difícil. Não fazemos idéia de como contar...
— Tenho uma idéia...
Thomas ficou curioso, mas nada era capaz de amenizar aquele frio na barriga. Um milhão de coisas passavam pela sua cabeça. A reação das pessoas, Teresa, Brenda... Imagina como ficariam. — Diga...
— Vamos dar uma festa hoje na sua casa!
— O que?! Pra que? — Disse Thomas, incrédulo.
— Pra você contar a todos, ora!
— Está louco? Não é tão fácil assim, Minho.
— Você saberá o momento certo. Prometo. Agora, vá preparar as coisas, e eu me encarrego de chamar todo mundo.
— Mas...
— Anda logo! — Minho o interrompeu e acenou em despedida, com um sorriso malicioso no rosto.
Thomas saiu em direção ao depósito. Não sabia ao certo o que sentia, mas talvez fosse uma mistura de ansiedade e medo, liberdade e incerteza. Haviam milhares de possíveis reações que as pessoas poderiam ter, e tentar imaginá-las o apavorava.
Logo que chegou ao depósito viu Teresa lá dentro pegando algumas coisas. Tentou disfarçar e entrar pela outra porta, mas alguns minutos depois se cruzaram na seção de bebidas.
