Maze Runner - Paraíso Secreto

4

Era um transportal.
Os sinais da manhã já surgiam no céu, quando Thomas resolveu passar por ele.

Mas antes que o fizesse, ele ponderou duas possibilidades: se arriscar e ver onde aquilo iria levá-lo, ou ir até os amigos contar sobre o transportal, e correr o risco de ele desaparecer. Sem dúvidas Thomas escolheu arriscar a sorte. Andou em direção á parede cinza que cintilava, fechou os olhos e atravessou.

*

Deu alguns passos e permaneceu com os olhos fechados. Uma onda de pavor inundou todo o seu corpo. Seu coração pulsava rapidamente. Não tinha certeza se estava preparado para abrir os olhos. Ouviu um som afastado do mar, e apesar de ser o início da manhã podia sentir a claridade do sol atravessando suas pálpebras. Thomas ignorou todo o medo que sentia, e finalmente encarou o que lhe esperava.

Inicialmente pensou estar diante de uma miragem. Aquilo era utópico. Fechou os olhos com toda sua força e olhou novamente. Só poderia estar louco. Aquilo não podia ser real.

Thomas se encontrava dentro de uma sala de vidro, do outro lado da floresta, além das montanhas. Se espantou, ao observar o horizonte. Nao aguentava ficar ali naquela sala nem mais um segundo. Thomas não pensava em mais nada, a não ser explorar aquele lugar. Sentia-se confuso, e em um completo torpor. Afastou-se do transportal e seguiu em direção á porta de saída. Nela havia uma placa, que dizia:

"Bem-vindo ao Paraíso Secreto. Seu futuro começa aqui.
CRUEL é bom."

Atravessou a porta de vidro e desceu algumas escadas, que davam á um grande círculo de concreto, com um B desenhado no meio. Deu mais alguns passos e se deparou com uma estrada.
Cerca de alguns metros dali, havia uma pequena cidade. Mas não era uma cidade qualquer. Era algo grandioso e extremamente inimaginável, pela situação que o mundo se encontrava atualmente.

A estrada que levava á cidade se juntava com as outras ruas. Não havia prédios, apenas casas enormes e luxuosas.
Thomas se manteve em alerta o tempo todo. Mesmo estando admirado com tudo aquilo, não poderia correr o risco de ser pego de surpresa, já que, ao que tudo indicava, o CRUEL estava mais vivo do que nunca.

Á medida que ele percorria as ruas, ficava mais admirado. Tinha certeza de que aquilo tudo havia sido feito para eles. As casas eram modernas e seguiam um padrão: Jardim na entrada, árvores, dois andares, grandes janelas de vidro, varandas enormes com vista para o mar e a cor das casas era uma mistura de branco, cinza e preto. Jamais havia visto um lugar tão luxuoso quanto aquele.

Enquanto observava tudo ao seu redor, algo chamou a atenção de Thomas: na porta de cada casa havia uma pequena placa com um ou mais nomes escritos, como se já estivessem designadas á alguém em específico. Agora estava claro que aquilo realmente era para eles. Percorreu várias ruas até chegar ao centro. Viu uma praça, que ficava de frente á praia. Havia uma fonte central, muitas árvores e várias esculturas em seus arredores. Tudo era muito agradável.
No centro da cidade havia lojas, obviamente se nenhum tipo de cobrança e sem nome específico. Viu um depósito de comida, roupas e até um cinema. Thomas explorou cada canto que pode de tudo aquilo.