Capítulo 11

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NALYME

Se o tempo continuar nesse ritmo, esse dia nunca irá acabar!

Já se passaram duas horas desde que eu acordei, e exatamente trinta minutos desde que eu estive conversando com Nadia e Nora. Eu não imaginava que elas eram tão espertas. Afinal, tanto a mãe quanto a filha são alegres o suficiente para serem chamadas de loucas... Mas isso não importa agora.

Depois de conversar com Nadia, descobri que os alfas já haviam começado a se movimentar. Apesar de detestar admitir, os alfas são guerreiros espertos. O plano deles é mudar de posição aleatoriamente a cada duas horas, e isso não é muito bom para mim. Nadia disse que vamos ter que arrumar um jeito de sabotar o plano deles, por isso, criamos uma pequena estratégia para saber como iremos fazer isso. Os alfas iram mudar as suas posições novamente daqui a duas horas, por isso, temos que descobrir como eles vão fazer para avisar uns aos outros. Seja lá qual for o meio de comunicação que eles usem para transportar essas informações, eu vou descobrir. Nadia disse que o melhor lugar para observamos os alfas é no centro da cidade e nos arredores do grande muro. Assim que ela disse isso, eu falei que iria observar os alfas de longe, mas ela insistiu para que eu levasse a Nora comigo. Normalmente não gosto de trabalhar em equipe, mas não é por orgulho e nem por nada do tipo, mas sim porque tenho medo de colocar a vida dos meus amigos em risco. Como ela insistiu muito, acabei cedendo.

São nove horas da manhã agora. Nora disse que esse seria o melhor momento para andar pela cidade, e pediu que eu a esperasse no salão porque ela iria pegar umas coisas antes de sairmos.

O salão se encontra mais vazio agora. Ainda tem algumas pessoas andando pela pousada, mas comparado com hoje de manhã, está completamente vazio. Enquanto espero Nora voltar, me sento em uma mesa vazia próxima da saída e fico olhando para o nada, perdida em meus pensamentos.

--- Pronto! – ouço Nora dizer quando se aproxima de mim, me tirando de meus pensamentos. - Já podemos ir agora!

Dou uma rápida olhada nela. Ela desmanchou sua trança, e fez um coque, deixando apenas a franja solta.

--- Você demorou! – digo me levantando. – Estava quase indo sozinha!

Ela faz uma careta.

--- Que exagerada! – diz. – Se você visse a situação do meu quarto iria entender!

Acabo rindo da cara dela, mas fico pensando... Ela não parece ser mais velha que eu no final das contas.

--- Bem isso não importa agora. Então vamos? – pergunto já indo em direção a porta. Ela apenas concorda com a cabeça e me segue.

No instante que eu abro a porta, fico assustada com o tanto de gente que estava nas ruas. Havia pessoas por todo o lado. Todas elas caminhavam apressadas e animadas. Eu estava tão surpresa que nem percebi a Nora fechar a porta atrás de nós. Assim que fechou a porta, Nora parou do meu lado e suspirou fortemente.

--- Sente só esse cheirinho! – disse se espreguiçando. – O melhor de todas as festas sempre é a comida! Nesse momento os padeiros devem estar fazendo todos os tipos de gostosuras!

--- Isso está realmente agitado! – digo ainda surpresa.

Nora me olha com uma cara divertida e afirma:

--- Você diz isso porque ainda não viu o resto da cidade! O pátio da cidade deve estar lotado!

--- Esses humanos são bem animados quando o assunto é festa... – comento.

--- Tem toda razão!

Paro por um segundo, e analiso a felicidade nos rostos ao meu redor.

--- Nem parece que estamos no meio de uma guerra... – penso em voz alta.

Coração Guerreiro - PAUSADOOnde histórias criam vida. Descubra agora