Let It All Go - L.S

Chapter IV - Pretty Smile, Sad Eyes

04/07/2017 - Terça-Feira

Harry respirou fundo e deixou sua bicicleta encostada na cerca dos Tomlinson, caminhando em direção a porta. Enquanto esperava alguém abrir a porta, Harry deu dois passos para trás e observou a casa modesta. Em comparação com o bairro, a casa de Louis não era muito grande. Era térrea e pelo o que tinha visto, haviam três cômodos e a sala era apertada. Mas, havia algo que destacava a casa de todas da rua.

Sua porta de entrada era de um azul claro que, desde a primeira vez que viu a casa, lembrava Harry dos olhos de Louis. Se sentia estranho recordando que observava o garoto a pelo menos um ano e Louis nem mesmo sabia seu nome a uma semana atrás. Sinceramente, ao contrário do que tinha dito a Zayn no dia anterior, Harry não sabia o que estava fazendo. Não era da sua conta se Louis estava mal, provavelmente o mais racional a se fazer era deixar esse problema para a família.

Mas, se fizesse isso, Harry não seria mais... Harry.

Não podia deixar de pensar que sua presença possa ajudar Louis a sair de seu luto e que, talvez, ele até mesmo abra a porta para Styles um dia desses. Harry sabia que existiam grandes possibilidades de Louis o expulsar de sua casa e pedir para que ele não voltasse mais, mas enquanto tivesse 0,01% de chance de Louis melhorar por causa de Harry, ele iria continuar vindo.

A porta se abriu, revelando a mãe de Louis com um sorriso satisfeito desenhado nos lábios. Harry sorriu de volta.

"Boa tarde, Sra. Tomlinson."

"Oi, querido. Tudo bem com você?" Harry assentiu com um sorriso educado. Jay pensou no quão adorável o menino com covinhas era. "Quer ver Louis?"

"Sim, se eu puder."

Jay deu espaço para Harry entrar, mas antes que o menino pudesse andar até o corredor, a Tomlinson mais velha fez um sinal para que ele a seguisse. Styles estranhou, mas foi atrás da mulher que ia em direção a cozinha.

A cozinha estava bem arrumada, azulejos brancos estavam incrivelmente impecáveis e os armários de madeira clara pareciam bem cuidados. Não era grande, mas era tão aconchegante e familiar que te fazia sentir como num filme dos anos 60. Os dois passaram pela cozinha e abriram uma porta no final dela, revelando um jardim grande nos fundos da casa.

Havia duas mesas de alumínio na grama, com cadeiras verdes em volta de cada uma. Jay seguiu para um banco de madeira escura e sentou-se, batendo no assento ao seu lado para que Harry se juntasse a ela também.

Jay suspirou. "Querido, espero que você não leve a mal o que vou dizer, mas é meu dever de mãe e me sinto mais segura dessa forma, tudo bem?" Harry assentiu prontamente, apreciando a honestidade da mulher. "Por que está vindo até aqui?" O tom era levemente acusatório, como se Harry esperasse algo em troca.

Mas, graças aos seus dons de observação, Harry sabia que Jay só estava preocupada com o próprio filho e Harry não poderia a culpar disso.

Por conta do silêncio em forma de resposta, Johannah continuou. "Não me leve a mal, mas é que nunca te vi com Louis e ele nunca sequer mencionou seu nome. Quero me certificar que você não é um dos valentões que implicavam com Adam, é só."

Harry assentiu mais uma vez e olhou para as coxas, mexendo no tecido do jeans. Sabia que Jay estava preocupada e pelo modo que a mulher o encarava - de forma extremamente protetora, como uma mãe leoa - Harry sabia que teria que contar a verdade. Apenas dizer que quer ajudar Louis não ia convencer a Tomlinson mais velha.

O mais novo suspirou longamente e ajeitou-se no banco, ficando de frente a Jay. "Isso é muito envergonhoso, mas vou dizer mesmo assim, já que isso vai te acalmar. Eu..." Harry umedeceu os lábios e bufou ao sentir suas mãos suarem. Maldito nervosismo. "Eu tenho uma quedinha pelo seu filho, então só achei que ficar por perto poderia o ajudar. Mas, se isso estiver incomodando a senhora, eu paro. Só me avise e vou embora imediatamente."