Let It All Go - L.S

Chapter XIX - Irish Invasion

           

09/08/2017 – Sábado

Enquanto conversava com uma atendente no hotel, Louis descobriu que Juilliard ficava a 40 minutos andando dali. A mulher simpática ofereceu um táxi, dizendo que chegaria lá em 20 minutos no máximo, mas Tomlinson negou. Seu corpo ainda dava respostas negativas para sua escolha de ir até a faculdade na qual tinha sido aceito, então imaginou que seria melhor ir andando. Decidiu, com a ajuda de Millie, a atendente, dar uma volta no parque e visitar o tão conhecido Upper East Side.

Louis não pôde deixar de sorrir enquanto via as calçadas estreitas com árvores em todos os lugares assim como via em Gossip Girl. Certamente fez seu coração suavizar enquanto lembrava de cenas da série e observava cada detalhe com carinho. Ele mal percebeu quando finalmente chegou na rua da faculdade, notando a estrutura grandiosa de Juilliard.

Os elogios a arquitetura do prédio realmente faziam jus ao quão bonito todo o conjunto era. Ele arfou vendo os alunos com papéis nas mãos, saindo e entrando do prédio. Eu podia ser um deles, pensou Louis.

O garoto caminhou em passos apressados, a boca entreaberta, tocado pelo sentimento de estar finalmente cara a cara com a faculdade de seus sonhos. Deu a volta no prédio dando de cara com uma imagem que estava acostumado a ver pela internet ou quando alguém que já havia ido a Nova York contava o quão lindo era.

A verdade era que era uma simples escadaria larga e longa, o único diferencial era que espalhado pelos degraus, havia modalidades de danças. Louis arrumou sua franja em um ato de nervosismo, vendo pequenos grupos de amigos conversando calmamente, alguns tinham instrumentos ao seu lado e outros simplesmente estavam sentados nos degraus conversando. Ele caminhou respirando fundo, subindo as escadas e respirando todo o ar que podia, como se aquele ato fosse deixar cada uma daquelas imagens presas em sua mente.

Ao final da escadaria havia um chafariz mais afastado, as águas levantavam graciosamente e Louis não pôde evitar de sorrir. Caminhou até lá e sentou-se na beirada do chafariz, onde outras pessoas estavam também. Ele apoiou as mãos no concreto, ao lado de seus quadris e olhou para frente. Os prédios baixos ao seu redor já eram a faculdade, edifícios formados por grandes arcos, Louis mal conseguia conter sua animação.

Então, em meio de tantos pensamentos eufóricos, Louis olhou para baixo olhando seu anel no dedo indicador. O lírio talhado na prata brilhou levemente, Tomlinson respirou fundo sentindo um nó formar-se em sua garganta e a habitual ardência nos olhos se juntou.

Por breves minutos achou que nada de fato poderia atrapalhar o que estava sentindo naquele momento, o sentimento de pertencimento que recebeu ao pisar na faculdade. Ele fechou os olhos, a imagem de Adam sorrindo para ele o invadiu, seu coração se apertou e ele sorriu levemente. Algo dentro dele indicou que estava tudo bem, que onde quer que seu melhor amigo estivesse, ele estava feliz. Louis podia sentir. Podia sentir o formigamento em seu peito que aparecia todas as raras vezes que Adam transbordava de felicidade.

Os cabelos quase brancos voavam pelo vento, seu sorriso estava grande, satisfeito. Seus olhos azuis identificaram Louis, então ele correu em sua direção pelo gramado, a risada de Tomlinson se perdendo na imensidão do local aberto. Adam abriu os braços e apertou o garoto contra si, dando um beijo estalado nas bochechas redondas e sorrindo.

"Você está destinado a grandes coisas, Louis Tomlinson. Posso sentir."

Louis abriu os olhos. O nervosismo e a culpa que domavam todo seu corpo e mente pareciam voar junto com a brisa, saindo totalmente do garoto. A lembrança que sua mente lhe proporcionou não poderia vir em um melhor momento. Pensou no quão estúpido estava sendo ao pensar que Adam poderia ficar chateado por Louis estar ali na cidade que prometeram visitar juntos. Era pura paranoia. Adam o amava como nunca amou ninguém e tudo o que queria era que o garoto fosse feliz, em Nova York ou não. Agora Louis entendia isso.