Capítulo 2: Como o ego deveria ser chamado.

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Então, por conta das minhas amigas eu decidi postar o segundo capítulo imediatamente! Vocês me ajudaram muito e não quero prolongar muito isso, e além disso, fiz uma mudança que apenas a Sassa unnie vai notar!

Inicialmente, a namorada do Yunnie seria a BoA, já que não encontrei mulher mais adequada "por perto", mas como eu mesma não havia conseguido digerir a personalidade dela com a real BoA e a Sassa ressaltou isso, eu pensei melhor e mudei para uma personagem completamente fictícia, assim surgiu Kim SunHe.
Espero que gostem~hehe (>^•^)>

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Para meu azar não fui o único que desenvolveu um tipo de fixação por alguém. A irmã dele havia convencido a família a se mudar para a mesma cidade que a minha, para que ela estudasse na mesma faculdade que eu e pudesse "ficar por perto", em outras palavras, para que pudesse impedir que eu namorasse outra que não fosse ela.
Eu havia esquecido que SunHe era a filhinha mimada de uma família rica que faria tudo que estivesse ao alcance para a alegria de sua princesinha, e infelizmente ela achava que a alegria dela estava ligada a ficar comigo.
Sem sair muito dos planos dela, acabei começando a namorar SunHe mesmo. Não era como se a odiasse, e já estava habituado a conviver com sua personalidade. Ela não era exatamente como eu disse antes, na verdade ela era mesmo muito interessante e envolvente -um pouco possessiva quando se tratava do "Yunnie dela", como se referia a mim às outras mulheres-, mas carinhosa, inteligente, independente e acima de tudo linda... extremamente linda e só melhorava com o passar dos anos.
A beleza parecia ser como uma espécie de "maldição" em sua família, e ele, Jaejoong, não ficava atrás nesse quesito.
Apesar de sempre muito intolerante e arrogante -de uma forma muito bem disfarçada em público- comigo, ele estava sempre por perto. Sempre com seu ar misterioso quanto a tudo que pensava, mas muito sincero, ele estava ali, e eu notava tudo. Desde os sorrisos disfarçados enquanto conversava com algum familiar até às risadas mais sinceras quando estava conversando com sua irmã, suas expressões sempre muito sérias comigo desde aquele dia no banheiro. E por incrível que pareça, essas expressões não me incomodavam. Elas me divertiam e faziam com que sentisse que ele notava minha presença ali. Os momentos em que estava sorrindo e ficava sério imediatamente quando se virava para mim... Cada interação bruta, tudo foi fazendo esse sentimento crescer, e o único com quem eu podia compartilhar isso era com meu melhor amigo desde sempre, Shim Changmin.

Os anos se passaram e eu me sentia confortável com a família de SunHe, e consequentemente, apesar dos pesares, acabei por me casar com ela. Uma atitude egoísta e não pensada que, analisada do meu ponto de vista atual, só torturou minha ex-esposa por anos por um amor unilateral, mesmo que ela não notasse isso e mesmo que eu tenha sido sempre um marido carinhoso.
"Dizem que você pode explodir por coisas pequenas se guardar tudo para si". Eu não lembro onde li isso, mas é definitivamente a mais pura verdade. Foi assim com esse sentimento, como se compartilhar... Como se tudo que eu falasse para Changmin não tivesse o mínimo significado. Se ELE não soubesse... Se eu não dissesse isso para ele, então seria como estar guardando apenas para mim.
Eu tentei explicar isso para Chang, mas:
- Não é como se pudesse simplesmente se virar para... ele... - Changmin disse quase que em um sussurro, já que estávamos em um restaurante - e dizer "Oi, eu te amo. Vamos fugir juntos e viver felizes ignorando o fato de que me casei com SUA IRMÃ e que a sociedade não aceita pessoas como nós!". Ah, e com o "nós" eu quis dizer VOCÊ, YUNHO! Porque para te ajudar ainda mais o cara é hétero.
- Eu acho incrível a sua capacidade de num momento quase me obrigar a fazer leitura labial por falar "ele" tão baixo e no outro quase por uma placa ao meu lado anunciando "Meu amigo é homo"!
- Não mais incrível que sua capacidade de tentar mudar o assunto quando percebe que estou certo! - Ele deu um sorriso sarcástico. O maldito me conhecia tão bem!
- Não nego que esteja certo, mas ao contrário do que pensa mudei o assunto para não alimentar esse seu ego que adora sair por todos os cantos. Isso faz mal, sabia?
- Se faz tão mal, ao invés de ego deveria se chamar "Kim Jaejoong", - Ele falou gesticulando, com uma expressão que me deu vontade de socar a cara dele. - já que ele te deixa nesse estado deplorável!
Ele riu e eu apenas respondi com um soco em seu ombro. Era impossível me conter, mas ele estava certo, Jaejoong conseguia me deixar das piores maneiras às vezes.

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