Transferência

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Oi delícias tão putos porque não postei ontem de novo!
Sorry...
Meu namorado terminou comigo e não tava com cabeça pra escrever..
Enfim quero que ele se foda!

Espero que gostem desse capítulo,vai ser longo!

Boa leitura babys 🌹

                              [...]

Meu pai pegou o café e começou a andar em direção ao escritório. Era hora de encarar os fatos. Talvez Alexander Cabello não fosse o único recluso na cidades. Eu achava que nossa cidade não era grande o bastante para dois Boo Radley. Mas isso tinha sido o mais próximo de uma conversa que nós tínhamos tido em meses,e eu não queria que ele fosse embora.

Como está indo o livro?  –Soltei. Fique e converse comigo. Era o que eu queria dizer.

Ele pareceu surpreso,mas deu de ombros.

Está indo. Ainda tenho muito trabalho a fazer. – Ele não conseguia. Era o que ele quis dizer.

A sobrinha de Alexander Cabello acabou de se mudar pra cá. – Falei essas palavras quando ele tinha colocado os tampões de volta. Fora de sincronia,nosso modo habitual. Pensando melhor,minha sincronia com a maioria das pessoas tinha sido assim ultimamente.
Meu pai tirou um tampão,suspirou e tirou o outro.

O que?

Ele já estava andando de volta para o escritório. O cronômetro da nossa conversa estava quase zerada.

– Alexander Cabello,o que sabe sobre ele?

– O mesmo que todos,acho. Ele é um recluso. Não sai de casa a anos,pelo que sei.

Ele empurrou a porta do escritório e passou por ela,mas não o segui.
   Fiquei em frente a porta.

Nunca coloquei um pé lá dentro. Uma vez, só uma,quando tinha 7 anos, meu pai me pegou lendo um livro dele Antes de ter terminado de revisar. O escritório era um lugar escuro e assustador. Tinha um quadro que ele mantinha coberto com um lençol sobre o esfarrapado sofá vitoriano. Eu sabia que não deveria perguntar o que havia ali naquele quadro. Depois do sofá,perto da janela,ficava a escrivaninha do meu pai. Era de mogno entalhado,outra antiguidade que tinha sido herdada junto com a casa,passada de geração a geração. E livros velhos de capas de couro que eram tão pesados que ficavam apoiados sobre o suporte de madeira quando estavam abertos. Aquelas eram as coisas que nos prendiam a Gatlin,nos prendiam a Jauregui's Landing,assim como tinham prendido meus ancestrais por mais de cem anos.

Sobre a escrivaninha estava o manuscrito dele. Estava lá em uma caixa de papelão aberta,e eu tinha que saber o que dizer. Meu pai escrivão terror gótico,então não havia muito que ele escrevesse que fosse apropriado para uma garota de 7 anos ler. Mas cada casa em Gatlin era cheia de segredos, assim como o próprio sul,e minha casa não era a exceção,mesmo naquela época.

Meu pai me encontrou sentado no sofá do escritório com páginas espalhadas em volta de mim,como se uma bombinha tivesse explodido dentro da caixa. Eu não era esperta o bastante pra disfarçar os vestígios que deixava,coisa que aprendi rapidamente depois daquilo. Só me lembro dele gritando comigo e de minha mãe ir atrás de mim e me encontrar chorando embaixo da árvore velha de magnólias no nosso quintal. " Algumas coisas são particulares, Lauren. Até mesmo para adultos".

Eu só queria saber. Esse era meu problema. Até mesmo agora.
Queria saber por que meu pai não saia do escritório. Queria saber por que não podíamos deixar essa velha casa insignificante só porque um milhão de Jauregui's tinham morado aqui antes de nós, principalmente agora que minha mãe não estava mais aqui.
Mas não essa noite. Essa noite eu só queria me lembrar dos sanduíches de salada de galinha e "dez e duas" e de uma época quem que meu pai comia o cereal na cozinha,brincando comigo. Adormeci lembrando.

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