Fala voadas(os) coisas delicinhas
espero que curtam esse capitulo.
E bora tomar vacina da febre do rato.Ops... Febre amarela...
Boa leitura babys 🌹
[...]
O Lata-velha estava encharcado. Dinah ia enlouquecer quando visse. A tempestade tinha um som diferente de dentro do carro,ao mesmo tempo mais alta e mais tranquila. Eu podia ouvir a chuva caindo no teto,mas o som quase desaparecia com o som do meu coração e dos meus dentes batendo. Mexi no câmbio do carro. Eu estava ciente demais de que Camila estava ao meu lado,a apenas centímetros no banco do passageiro. Dei uma rápida olhada.
Mesmo sendo irritante,ela era bonita. Seus olhos castanhos era enormes. Eu não conseguia entender por que pareciam diferentes hoje. Ela tinha os cílios mais longos que eu já tinha visto,e sua pele era clara,e ficava ainda mais clara pelo contraste com o volumoso cabelo. Ela tinha um pequeno sinal marrom de nascença na face bem abaixo do olho esquerdo. O formato lembrava uma lua crescente. Ela não se parecia com ninguém da Jackson. Ela não se parecia com ninguém que eu já tivesse visto.
Ela tirou a capa de chuva pela cabeça. A camiseta preta e o jeans estavam grudados ao seu corpo como se ela tivesse caído em um piscina. O colete pingava sem parar no assento de couro sintético. Confesso que aquilo me deixou... Digamos... Excitada? Meu Deus eu estava ficando excitada.– Você está me enc-carando.
Olhei para o outro lado,pela já ela,para qualquer lugar menos para ela.
– Você devia tirar isso. Só vai fazer você sentir mais frio.
Pude vê-la lutando com os delicados botões prateados do colete, incapaz de controlar os tremores das mãos. Estiquei a mão e ela ficou paralisada como se eu fosse tocar nela novamente.
–Vou aumentar o aquecimento.
Ela voltou aos botões.
– Ob-brigada.
Eu podia ver as mãos dela,tinham mais tinta,agora manchada por causa da chuva. Só consegui decifrar números. Talvez um ou sete,cinco,dois. 152. O que era aquilo?
Dei uma olhada no banco traseiro em busca do cobertor do exército que Dinah normalmente deixava lá. Em vez disso,havia um saco de dormir velho, provavelmente da última vez que Dinah brigou com os pais e teve que dormir no carro. Tinha cheiro de fumaça velha de acampamento e mofo de porão. Entreguei-o a ela.–hmmm,assim é melhor.
Ela fechou os olhos e pude vê-la relaxar com o calor,e relaxei só em observa-la. O bater dos dentes dela diminuiu. Depois disso,seguimos em silêncio. O único som era da tempestade e das rodas girando e espalhando água pelo lago em que a rua tinha se transformado. Ela desenhou formas na janela embaçada com o dedo. Tentei manter os olhos na estrada,tentei lembrar o resto do sonho,algum detalhe,alguma coisa que provasse a ela que era,sei lá,ela é que eu era eu.
Mas quanto mais eu tentava,mais tudo parecia sumir,na chuva e na rua e nos muitos hectares de campo de tabaco pelos quais passávamos,cheios de velhos equipamentos de fazenda e celeiros que apodreciam. Chegamos aos redores da cidade,e eu conseguia ver a bifurcação na rua mais a frente.– Espere,vire a direita. — Ela disse.
–Ah sim,desculpe.
Eu senti um enjôo. Subimos morro na direção da mansão do velho Cabello ou como todos chamavam a mansão de Ravenwood não sei bem o porquê. A garota com quem eu sonhava a meses,a garota em quem eu não conseguia parar de pensar,era a sobrinha do velho Alexander Cabello. E eu estava levando ela pra casa,para a mansão mal-assombrada.
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16 Luas✝
Hayran KurguPacote completo: Um cenário assustador,uma maldição fatal, reencarnação, feitiços,bruxaria,vodu e personagens que simplesmente prenderam o leitor até o fim... Algumas paixões estão predestinadas...outras são amaldiçoadas. (Uma adaptação Camren do li...