Sem Medo

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Oiiiiii tchutchucos ceis tão beleza????
Eu sei demorei pra caralho pra att mas é um bom motivo tá eu juro...

Boa leitura babys 🌹

Foi um caos. As garotas gritavam. Todos na sala ficaram de pé. Até eu pulei.

Não entrem em pânico. Todos estão bem? — Perguntou a Sra. English,tentando recuperar o controle.

Me virei em direção ao apontador. Queria ter certeza de que Camila estava bem. Ela não estava. Estava do lado da janela quebrada,cercada de vidro,aparentando estar em pânico. Seu rosto estava pálido do que o habitual ou até mais branca do que eu,seus olhos estavam maiores e negros,como na noite anterior na chuva. Mas também pareciam assustados,Camila não parecia mais tão corajosa.

Ela esticou as mãos. Uma estava cortada e sangrava. Fitas vermelhas caiam no chão de linóleo.

Eu não pretendia

Ela havia estilhaçado o vídeo? Ou o vidro tinha estilhaçado e a cortado?

Camila...?

Ela saiu correndo da sala antes que eu pudesse perguntar se estava bem.

Você viu aquilo? Ela quebrou a janela! Jogou alguma coisa nela quando andou até lá!

– Ela deu um soco no vidro,vi com meus próprios olhos!

– Você é o que,da perícia policial? Ela tentou nos matar.

– Vou ligar pro meu pai agora! Ela é louca,que nem o tio dela.

Parecia um bando de gatos de rua furiosos,gritando uns com os outros. A Sra. English tentou restaurar a ordem,mas isso era querer o impossível.

Todos se acalmem! Não há motivo para pânico. Acidentes acontecem. Provavelmente não foi nada além de uma janela velha e vento.

Ninguém acreditou que a explicação podia ser aquela,acreditavam mais na sobrinha de um velho e uma tempestade com relâmpagos. A tempestade de olhos castanhos chocolate que tinha acabado de se mudar para a cidade. O furacão Camila.
Uma coisa era certa: o tempo tinha mudado mesmo. Gatlin nuca tinha visto uma tempestade assim. Ela provavelmente nem sabia que estava chovendo.

                      Greenbrier

Não .

Eu conseguia ouvir a voz dela na minha cabeça. Pelo menos eu achava que conseguia.

Não vale a pena Lauren.

Valia.
Foi quando empurrei Inha cadeira e corri pelo corredor atrás dela. Eu sabia o que tinha feito. Tinha escolhido um lado. Estava em outro tipo de encrenca agora,mas não me importava.
Não era só Camila. Ela não era a primeira. Eu tinha passado minha vida inteira os vendo fazer aquilo. Fizeram com Judy Garland quando seu eczema ficou tão ruim que ninguém sentava mais com ela no refeitório e com o Scooter Richman porque era o pior trombonista na história da Jackson.
Apesar de eu nunca ter pegado uma caneta e escrito PERDEDOR em um armário,eu tinha ficado de lado assistindo,muitas vezes. Sempre tinha me incomodado mas nunca o bastante pra me fazer sair da sala.
Alguém tinha que fazer alguma coisa. Uma escola inteira não podia derrubar uma pessoa assim. Uma cidade inteira não podia derrubar uma família. Só que na verdade podiam,porque sempre tinham feito isso. Talvez fosse porque Alexander Cabello não saia de casa desde antes de eu nascer.

Eu sabia o que estava fazendo.

o,não sabe. Acha que sabe,mas não sabe.

Ela estava na minha cabeça de novo,como se sempre tivesse estado. Eu sabia o que encararia no dia seguinte,mas nada daquilo importava. Só queria encontrá-la. E não saberia dizer naquele momento se era por ela ou por mim. Independentemente disso,eu não tinha escolha.
Ela tinha ido pra casa e fui até lá.

A propriedade parecia gigante na minha frente. Ela se erguia no morro como um desafio. Não estou dizendo que estava com medo,porque essa não é bem a palavra certa. Fiquei com medo quando a polícia foi a nossa porta na noite que minha mãe morreu. Fiquei com medo quando meu pai desapareceu no escritório e me dei conta de que ele jamais sairia de novo. Fiquei com medo quando eu era criança e Amma escurecia,quando me dei conta de que as bonequinhas que ela fazia não eram brinquedos.

Eu não estava com medo da mansão Ravenwood,ainda que ela fosse tão horripilante quanto aparentava. O inexplicável era algo certo no sul; toda cidade tem uma casa mal-assombrada,e se você perguntasse a maioria das pessoas,pelo menos um terço delas juraria já ter visto um fantasma ou dois na vida. Além disso,eu morava com Amma,cujas crenças incluíam pintar as janelas de azul-palido para manter os espíritos afastados,e cujos amuletos eram feitos de algibeiras de pelo de cavalo e terra. Eu estava acostumada com coisas estranhas. Mas o velho Cabello,isso era outra coisa.
Andei até o portão e coloquei a mão no portal com hesitação no ferro deformado. O portão abriu com um rangido e depois nada aconteceu. Nenhum relâmpago,nenhuma combustão,nenhuma tempestade. Não sei o que eu esperava,mas se tinha aprendido alguma coisa sobre Camila até aquele momento,era para esperar o inesperado e prosseguir com cautela.

Se alguém tivesse um mês antes que eu passaria a pé por aquele portão,subiria o morro e entraria no território de Ravenwood,eu teria dito que essa pessoa estava maluca. Em uma cidade como Gatlin,em que sabemos tudo o que vai acontecer,eu não teria previsto isso. Dá última vez eu só tinha chegado até o portão. Quanto mais perto eu chegava,mais fácil era ver que tudo estava caindo aos pedaços,a casa grande parecia um estereótipo de fazenda sulista que as pessoas no norte esperariam ver depois de tantos anos assistindo "E o vento levou"...

Ravenwood era ainda mais impressionante,pelo menos em tamanho. Era flanqueada por pequenas palmeiras e ciprestes,e parecia ter sido o tipo de lugar onde as pessoas sentavam na varanda,bebendo coquetel de hortelã e jogando cartas o dia todo, se não estivesse desmoronando. Se não fosse Ravenwood.



..........CONTINUA.........
KKKKKK

O PROXIMO VAI TER MUITO MAIS OK?
ESTOU TRABALHANDO EM OUTRA FIC QUE EM BREVE VOU SOLTAR PRA VCS

NAO ME ODEIEM PELA DEMORA DE ATT!

Beijos na bunda

16 Luas✝Onde histórias criam vida. Descubra agora