De Repente Uma Paixão

Entrevista

Entrevista

:. Oi Celeste, poderia dizer ao Ian que vou começar nossa coluna com o Bruno hoje e que não irei para LAT? 

:. Claro, a onde vocês vão?

:. Não sei, daqui a pouco ele virá me buscar. Você devia vir com a gente já que trabalhamos juntas na Stars.

:. E segurar vela? Não, prefiro ficar aqui.

:. Você é suas insinuações, não vai acontecer nada entre Bruno e eu.

:. Quem garante? 

:. Eu ué. - disse séria.

:. Hummmm. - Mesmo do outro lado da linha dava para sentir uma pitada de malícia.

:. Hummmm nada, tenho que desligar. Ele chegou. - olhei para o carro luxuoso e prata de frente do prédio da minha sacada.

:. Tchau e aproveite bastante. 

Desligue o celular e balancei a cabeça, Celeste não tinha jeito.

Antes de descer, dei uma conferida no visual. Como iria ficar fora do meu habiente de trabalho decidi optar por algo mais despojado, usava uma blusa preta sem estampa, um colete jeans por cima, calça rasgada somente no joelho, um salto duas tiras da mesma cor da blusa e um relógio prata no pulso. Na maquiagem algo mais natural, dando destaque somente para o batom.

- Tudo okay. 

Peguei minha bolsa e sai.

- Bom dia. - disse séria porém doce.

- Bom dia senhorita Alencar, está muito bonita.

- Obrigada, também está muito elegante senhor Mars. 

Ele usava uma blusa social vinho com três botões abertos com as mangas dobradas até o cotovelo, um relógio levemente chamativo da cor dourada, calça preta, sapatos combinado com a calça e o cabelo perfeitamente escovado. 

- Obrigado. - sorriu e abriu a porta do carro para mim.

Não sabia para onde estávamos indo e também não ousei perguntar, o caminho estava sendo calmo Bruno e eu não conversávamos mas a vezes me pega olhando para ele de canto. Ele sorria vez outra, deixando suas covinhas evidentes. Como ele conseguia ser sexy e fofo ao mesmo tempo? 

Bruno parou de frente a um grande prédio, desceu e abriu a porta para mim.

- Esse é um dos meus stúdios. - disse enquanto fitava o mesmo.

-  É fantástico. 

- Nem imagina como é por dentro. Vamos? - abriu a porta do prédio de forma galanteadora com uma breve reverência.

- Vamos. - sorri. 

Por dentro era tão lindo quanto por fora, bem decorado com cores fortes sem ser muito exuberante porém, não deixava de ter riqueza nos detalhes deixando claro de quem era aquele lugar.

- Incrível. - comentei quando entramos no elevador.

Bruno simplesmente sorriu e apertou o último botão da placa metálica. Provavelmente o último andar.

Saímos da caixa de ferro e entramos em uma sala cheia de aparelhos e instrumentos musicais. Guitarras, violões, dois teclados e um piano tomava conta do lugar de forma organizada no espaço, enorme digasse de passagem.

- Por onde quer começar? - perguntou.
- Vou tirar algumas fotos e depois quero entrevista - lo. 

Ele assentiu.  

Minutos depois, sentada em uma cadeira de frente para o Bruno peguei uma agenda, uma caneta e um gravador para revisar todas a perguntas se achasse necessário, cocei a garganta e encarei o homen pedindo ajuda para me concentrar.

- Antes que comece, quero que fique a vontade e por favor não precisa me chamar de senhor, me sinto velho. - Riu.

- Tudo bem.

- Estou pronto.  

Suspirei e dei início ao meu trabalho.

- 24k Magic é um sucesso, não podemos negar. Como foi o processo desse álbum?

- Depois de Uptown funk com Mark ronson eu senti a pressão e a necessidade de começar um novo trabalho, já estava com algumas idéias em mente então o processo não foi difícil. Confesso que demorou um pouco para o álbum ser lançado mas graças a equipe que trabalha comigo e um pouco de paciência 24k Magic está tendo uma boa repercussão. 

- As suas novas músicas está em um estilo Groove, em uma pegada discoteca. Você acha que seu público aceitou bem essa mudança?

- Todos estavam acostumados com o meu lado romântico e ter mudado para uma vibe meio anos 80 talvez tenham os pegados de surpresa. Alguns não gostaram mas recebi muitos elogios e apoio também. 

- Você ficou quase 5 anos sem subir ao palco em uma turnê, como foi receber a energia de seus fãs "de volta"?

- Incrível e insano! - disse empolgado com um sorriso. - descrever a sensação boa que eles me transmitem é impossível. Só sei que sem eles e sem essa energia nada seria possível. Ah, isso é diretamente para as minhas Hooligans. Eu quero você gatinha.

Quando ele disse aquele frase com aquela voz rouca e aquele sorriso um arrepio percorreu minha coluna, me obrigando a beber um pouco de água. Jade Alencar, seja profissional. Me repreendi mentalmente.

- Continuando em sua turnê, sabemos que Camila Cabello foi quem abriu seus shows. Exceto na América do Sul. Como foi trabalhar com ela?

- Camila é uma garota extremamente proficional e talentosa sem falar que tem um bom humor contagiante, foi um prazer estar com ela e posso dizer sinceramente que ela vai ser uma grande cantora sem dúvidas nenhuma.

- Mudando de assunto e falando de grandes cantoras o que pode dizer sobre a sua colaboração em All I ask de Adele? 

- Fiquei honrado com o convite e não pensei duas vezes em aceitar, Adele é uma amiga maravilhosa e trabalhar com ela me deixou um pouco nervoso. Foi uma grande responsabilidade porém divertido. Estar em um stúdio com ela com certeza foi uma das minhas experiências mais fantásticas.

- Podemos contar com feat um dia?

- Não sei, talvez quem sabe. Seria incrível.  - sorriu. 

Fiz mais algumas perguntas e finalizei por hoje, olhei as horas e para mim já estava tarde.

- Obrigado Bruno pela entrevista, agora acho melhor voltar pra casa.

- Queria que ficasse mais um pouco, vou te atrapalhar em alguma coisa? 

- Não imagina.

- Que bom, espere um minuto por favor.

Ele saiu e me deixou sozinha sem entender nada, o que ele vai aprontar? Rapidamente voltou, com duas taças e uma garrafa de vinho que logo tratou de me servir.

- Um bônus, espero que goste.

- Obrigada. - dei o primeiro gole.

Bruno também se serviu e em seguida foi até o piano de caldas preto a minha frente, olhou em meus olhos e deixou as primeiras notas saírem.

- Para você.

Let's take our time tonight, girl
Above us all the stars are watchin'
There's no place I'd rather be in this world
Your eyes are where I'm lost in.

Sua voz preencheu a sala e me causou um calor por dentro, não agradeci para não interrompe - lo. Só aproveitaria do momento, da sua voz e da sua presença.