Sem Querer

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- Bruno! - ouvi meu nome é batidas na porta.

- Já vai! - Putz estava no chuveiro. 

O desliguei, coloquei a cueca e uma bermuda, tirei o excesso de água do cabelo e atendi a porta.

- Presley! - abracei minha irmã.

- Olha quem eu trouxe de volta.

- Geronimo! - me abaixei para acariciar o animal.

Geronimo era meu cachorro, havia deixado com a minha irmã enquanto estava fora. Um grande companheiro.

- Estava com saudades. 

- Eu também estava com saudades mano.

- Eu falava do Geronimo.  - Ri.

- Besta. - revirou os olhos. 

- Eu também senti sua falta Presley, não precisa ficar com ciúmes. Ele se comportou bem?

- Tirando o fato dele ter feito xixi em boa parte da minha mobília sim. - me passou a coleira. 

- Bom garoto. - ri e ele latiu.

- Bom nada, vou colocar o prejuízo na sua conta tá.

- Pode colocar, - cruzei os braços. - o Geronimo nunca me deu trabalho.

De repente, a vizinha do apartamento da frente saiu e sua gata saiu também e com um miado do gato Geronimo saiu correndo.

- Droga. - Corri atrás dele. - Geronimo volta aqui!

- Ele nunca dá trabalho né Bruno! - Presley gritou.

- Fique quieta! - Gritei de volta. - Geronimo!

Desci todas as escadas rapidamente até que cheguei na portaria, o cão estava do outro do lado da rua com as patas sobre as coxas de uma mulher. Ela não parecia se importar, até estava se divertindo mas fui até lá pedir desculpas. 

- Me desculpe - o peguei pela coleira. - Jade...?

- Bruno...?

Nossos olhos se encontraram, ela parecia surpresa e um tanto  envergonhada e eu sem palavras no momento. Não acredito que estou encontrando a bela e misteriosa mulher de novo, pensei que isso nem iria acontecer um dia.

- Oi, é... Eu preciso ir.

- Espere. - prendi Geronimo em um poste e me coloquei em sua frente. - Está fugindo de mim?

- Não, é que não estou acostumada a falar com uma celebridade, é estranho. - sorriu de canto.

- Então esqueça o Bruno, agora sou  Peter Hernandez. 

- Isso não muda quem você é.

- Em quem eu sou? - Me aproximei da morena, nossos corpos estavam quase grudados. Ela engoliu em seco.

- Não sei. - se afastou sem jeito.

- Eu sei quem é você é.

- Então me diz. - seu olhar se conectou com o meu e se sustentou de maneira desafiadora. 

- Jade Alencar, colunista da Los Angeles time. Voltei em grande estilo não é mesmo.

- Como soube?

- Falou sobre a festa, muito bem aliás.

- Uma intrusa que aproveitou não poderia falar mau.

- E realmente.  - ri.

- Você não se incomodou?

- Sobre?

- Por saber quem eu sou.

- Porque me incomodaria?

- Eu invadi sua privacidade, me aproveitei só para ter o que escrever no trabalho. 

- Discordo e você está sendo honesta comigo, e também isso é o que você faz. Estou acostumado com isso.

- Bom. - olhou em seu relógio de pulso. - Eu preciso ir, tenho um compromisso. 

- Okay.

Ela caminhou, acenou e sorriu timidamente.

- Jade! - corri até ela.

- Sim!

- Você gostaria de sair para tomar um café um dias desses comigo?

- Sério? - Pareceu duvidar.

- Claro. Me dá o seu número?

- Não precisa, sou sua vizinha moro no apartamento de trás. 515.

- Então está marcado. - Dei um beijo em sua bochecha. 

- Está. - sorriu levemente corada. 

Esperei Jade desaparecer do meu campo de vista e fui até o poste desamarrar Geronimo.

- Com certeza o cachorro é o melhor amigo do homem.

Sorri para ele e ele balançou o rabo freneticamente, graças a Geronimo eu encontrei Jade. Agora é só deixar rolar naturalmente e ver o que acontece.  

De Repente Uma Paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora