Sorte

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Estava na sala de reuniões da LAT, admirava a paisagem da enorme janela, vários prédios e um céu azul com nuvens espalhadas. Meu corpo estava ali mas mim mente em outro lugar, parecia anestesiada e dentro de um transe sem sentido. 

- Hey, acorda! - Celeste me cutucou e sentou ao meu lado. - pensava em que?

- Em nada. - balancei a cabeça e arrumei minha postura. 

- Na verdade, em quem?

- Não entendi? 

- Ainda se faz de sonsa. 

- Só não te dou uns tapas porque o Ian chegou.

Divinamente elegante em um terno preto, nos encarou e se colocou a frente da mesa onde estávamos.

- Bom dia. - desejou. 

- Bom dia! - respondemos em coro.

- Convoquei a todos para essa reunião para discutir o situação do jornal, que sinceramente não está muito boa. - bufei e revirei os olhos. - a maioria das pessoas não estão dando atenção ao jornal como antigamente, o foco agora é as redes socias, o sites de fofoca e as revistas. 

- E por isso que o senhor quer remover algumas colunas? - alfinetou Celeste. 

- Sim, aquelas que acho necessárias. A Stars é uma delas. - rebateu. 

- Estou ciente que a Los Angeles time precisa de ajuda mas dependemos disso, não pode simplesmente remover as colunas sem pensar em outro modo de irmos para frente. - intervi. 

- A Los Angeles time precisa se conectar com atualidade, com o que a juventude está ligada.

- A LAT sempre fui um jornal tradicional. Você quer que ela se transforme na nova Cosmopolitan? 

- Ser for preciso sim.

- Isso é ridículo.  - Celeste comentou.

- Concordo, não estamos familiarizados com nada dessa nova proposta.

- Não posso fazer nada senhorita Alencar, também recebo ordens. 

Todos da sala se entreolharam indignados, e com razão.

- Bom, reunião encerrada. Espero novas idéias de vocês para esse jornal não sair das bancas.

- Iai, vai tentar colocar o seu plano em ação?  - Celeste perguntou ao sairmos da sala.

- Acho que sim.

- Boa sorte.

- É, vamos precisar. - ri sem humor. 

Pedi licença e entrei na sala do Ian, apresentei me idéia com certa insegurança mas ele pareceu gostar.

- Ótimo. - ele assentiu. - ele um artista que sempre está no topo e os adolescentes gostam muito do que ele faz. Te dou uma semana. 

- Obrigada.  - disse séria.

- Não estou colocando toda a responsabilidade em suas mãos, mas espero que de certo.

- Eu também, estou me retirando. Com sua licença.

- Toda. 

Sai e coloquei a mão sobre o peito.

Não sei por onde começar, mas espero realmente que de certo.  

De Repente Uma Paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora