O Que Fazer?

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O que fazer?

- E é isso. - disse por fim.

Como de costume, Celeste ouvia o que tinha acontecido comigo antes de levarmos um pé bunda da Los Angeles time. Ela não queria ficar sozinha em casa e pediu para dormir aqui durante um tempo, até se sentir bem. Depois que fomos demitidas a companhia de uma para outra era a única coisa boa que se restou.

- Resumindo tudo. O Bruno deixou claro que quer algo a sério com você, não agora mas quer, mas nessa sua situação você não quer mais nada.

- Praticamente isso, eu sabia que nunca iria dar certo. Eu tenho emprego para procurar que sei que não é fácil, conta que vai vim e eu não sei como vou pagar, meus pais. Muita coisa para uma pessoa só.

- Porque você não pede ajuda para ele?

- Pro Bruno? Jamais. Ele tem uma carreira pra cuidar, uma vida muito agitada.

- Tenho certeza que ele não te negaria nada.

- Eu também tenho mas não quero passar a impressão de mulher interesseira, sei que não sou e ele também deve saber mas prefiro deixar como está. 

- Então vai desistir de tudo?

Tudo o que, se as coisas mau tinha começado? Porém, se eu for parar para pensar em todos os pequenos momentos não teria dúvidas que daria uma boa história mais pra frente. Mas, como. Se tudo está dando errado.

- Parece a melhor solução. - disse em um fio de voz. 

- Como vai contar?

- Não vou, se me encontrar com ele vou acabar me entregando. E melhor fingir que nada aconteceu e esquecer isso.

- Agora sou eu que não quero ver você assim, está triste. - acariciou meus ombros. 

- É a realidade, não se esqueça que você também está sem emprego. 

- Tinha que me lembrar disso sua chata. - atacou uma almofada em mim.

- Quem é chata? - revidei. 

- Você! - ela atacou outra.

- Não, é você!

Minha sala virou uma zona de guerra, pareciamos duas crianças. Acho que eu não seria ninguém sem Celeste, só ela para me fazer rir, para me fazer sentir bem. Espero não perder ela também.

De Repente Uma Paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora