DevilGirl vs DevilHunter: Bad Romance (EM ANDAMENTO)

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ETHAN

Com a confusão acontecendo naquele clube, os demônios sentiram o cheiro de medo das pessoas e vieram a atacá-las, fazendo assim como que todos vissem aquelas criaturas. Corpos eram devorados por toda parte, eu havia enviado um sinal de ajuda para Ryan pedindo-lhe para entrar no clube, lutar sozinho levaria tempo demais, eu ainda tinha que ir atrás da garota demônio.

Minha catana exorcizava aqueles demônios, com apenas um golpe eles deixavam de existir, porém mais deles vinham sentindo o cheiro do medo, e quanto mais pessoas se assustavam, mais chances de um Yatu maior aparecer, aumentavam. Meu melhor amigo havia vindo para me ajudar. Ele possuía sua arma essencial para aniquilar aquelas criaturas, mas estávamos em menor número comparados aos demônios.

"Ethan, tem algo estranho acontecendo, olhe para mulheres, elas estão..."

Algo jamais visto pelos meus olhos, começou a ocorrer naquele clube. Muitas mulheres tinham seus corpos deformados por algo que saia de dentro dos seus corpos, eram como se roupas estivessem sendo removidas, mas eram as peles delas sendo dilaceradas por demônios que vinham a possuir seus corpos de dentro para fora.

"Possessos..."

Era o que elas haviam se tornado.

Eu já havia estudado sobre casos como aqueles, porém somente um demônio infernal poderia transformar os humanos em um ser demoníaco. A não ser que... Tenha um demônio infernal presente no clube.

Os meus olhos procuravam por aquele que havia feito aquela atrocidade, mas eu não conseguia identificar quem poderia ser o demônio, naquele momento eu tinha que me concentrar em livrar aquelas pessoas dos demônios que estavam as possuindo, pois a dor era pior do que a morte.

Espera... Aquela mulher de branco... Ela também se tornou um possesso...?

"Ethan, temos que matá-las. Não há outra saída, a minha magia não é capaz de reverter isso."

Ryan estava tremendo, seu corpo inteiro sacudido por uma mistura avassaladora de medo e responsabilidade. Ele sentia o peso esmagador da decisão que estava prestes a tomar: tirar vidas humanas. Mas sabia que, se não o fizesse, aquelas pessoas continuariam presas em um ciclo interminável de sofrimento.

Com um suspiro pesado, invoquei o poder da minha catana, o aço da lâmina se envolveu em chamas dançantes, iluminando a escuridão ao meu redor. Precisava ser rápido; cada segundo de hesitação só prolongava a agonia daquelas almas infelizes. No entanto, o fogo que consumia minha lâmina era nada comparado ao ardor em meu peito, um sentimento de dor e culpa que me corroía por dentro.

Avancei com determinação, mas cada movimento parecia desacelerado, como se o tempo estivesse conspirando para prolongar meu tormento. Os gritos de terror e desespero ecoavam em nossos ouvidos enquanto a lâmina flamejante cortava o ar, encontrando a carne e o sangue de inocentes que não tinham relação com a missão. Eram apenas vítimas de um destino cruel que Ryan e eu não conseguíamos mudar.

A cada golpe desferido, minha mente gritava em protesto. Estava ciente da terrível verdade: estava tirando a vida de pessoas que não mereciam tal destino. Eu sabia que, quando o massacre terminasse, a dor em meu peito persistiria, como um lembrete amargo da minha própria impotência e culpa.

Parei por um momento, respirando pesadamente enquanto olhava para as chamas que começavam a consumir os corpos ao redor. A cena era de um horror indescritível, um inferno criado por minhas próprias mãos. Ryan também sabia que o fardo dessa responsabilidade o acompanharia para sempre, uma sombra que nos assombraria pela eternidade.

Descansem em paz...

[**]

A polícia veio assim que Ryan e eu conseguimos sair do clube. Homens foram presos em flagrante por posse de drogas ilegais, também foram os responsáveis pelas mortes que haviam ocorrido no clube, mas nenhum deles conseguiu explicar o que realmente havia acontecido. As lágrimas de Ryan caíram após termos finalizado aquele banho de sangue, a culpa por termos tirado as vidas inocentes, não sairia tão cedo da sua mente, mas havíamos conseguido livrá-las da dor.