PARAÍSO DO PRAZER

7.5K 125 31
                                    

Sexta 23:04 PM

Ricardo se apressava pra sair daquela boate, enquanto pensava: "Neon a boate do prazer? Que merda hein! Perdi meu tempo nesta porra; deveria se chamar – Neon, a boate da metida única"

Saiu do banheiro e quando atravessava o salão, indo em direção á saída; viu a morena com quem ele acabará de quase foder. Ela estava mais louca que antes, e o mais incrível: beijava uma outra morena, ainda mais gostosa que ela.

Ricardo nem quis olhar muito; ele tinha certeza que ela já tinha transado naquela noite, com mais pessoas do que ele sonhava transar em toda sua vida.

Quando finalmente atravessou o salão e já estava alcançando a saída, alguém tocou em seu ombro, chamando sua atenção:

— Ei gostosinho! Olhou depressa pra trás. Pra sua surpresa, era aquela mesma prostituta que havia debochado dele outro dia; pelo simples fato de não ter dinheiro.

— Olha só... então você bate cartão a noite também né!? Parece que o jogo virou não é mesmo? Agora quem debocha é Ricardo. Mas nenhum tipo de deboche vindo dele, poderia atingir aquela mulher.

— É claro amor; é horário de pica. Disse a prostituta sorrindo.

— Você quis dizer pico não é? Corrigiu Ricardo.

— Não amor; é pica mesmo. Respondeu a prostituta. Realmente Ricardo jamais poderia competir com ela.

— Você já vai? Tá cedo ainda. Falou ela abraçando o pelo braço.

— Vou explorar outra boate, essa aqui tá uma porra. A puta ficou olhando pra cara dele e dando risadas; ele por sua vez, já foi logo querendo saber o motivo das risadas:

— Porque tá rindo? Ricardo já estava começando ficar puto. Afinal aquela prostituta era mesmo debochada.

— Então você não sabe?

— Sabe o que? Respondeu Ricardo curioso.

— Essa boate aqui, não é a verdadeira neon bobinho. Exclamou a prostituta, ainda com um certo sorriso debochado na cara.

— Como não é neon!? se tá escrito na fachada lá fora. Falou Ricardo já sem entender nada.

— Tá vendo aquela porta lá no fundo, perto do banheiro?

— Sim, e daí? Respondeu Ricardo.

— Você vai bater exatamente quatro vezes; nem mais, nem menos. Afirmou ela com toda certeza e continuo a instruir: — Depois que uma luz azul acender, você vai falar a seguinte frase: — Eu me permito.

— Porque tá me falando isso? Perguntou ele, sem levar fé em uma única palavra que aquela mulher acabará de falar.

— Você não quer chegar em neon? Ricardo Balançou a cabeça sem muita certeza.

— Pois então faça o que tó falando. Um cara um pouco embriagado passou olhando para a puta; e é claro, ela partiu atrás dele. Ricardo ficou lá parado na porta da boate, sem saber se saia e buscaria sexo em outro lugar, ou se atravessava novamente aquele salão e investigava o que aquela vagabunda debochada havia lhe dito.

"Só um idiota iria acreditar na palavra de uma prostituta" pensou Ricardo. Nesta hora o anjo sentado em seu ombro direito falou: — Isso mesmo; é claro que ela tá mentido. Mas em seu ombro esquerdo, um pequeno capeta retrucou: — Não cara, é verdade; eu já estive lá. É um verdadeiro inferninho.

Ainda parado, e olhando para a porta que aquela vadia havia lhe indicado; Ricardo viu um homem parado em frente a ela. De repente a luz acendeu, o homem falou algo e em seguida a porta se abriu. Ele entrou e desapareceu. Vendo a cena, o capetinha riu e disse: — Viu só!? Não custa nada ir lá; só uma olhadinha. Uma nuvem de dúvidas estava sobre a cabeça de nosso amigo.

NEON - A BOATE DO PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora