A GAIOLA DAS LOUCAS

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"A que ponto chegamos meus amigos... me sinto um pouco envergonhado, isso esta saindo do controle; se fosse o roteiro de minha vida, te garanto que transaria com Marilia e colocaria um ponto final nisso tudo; mas pimenta no cu dos outros é refresco e antes no de Ricardo do que no meu"

Já não mais havia saída ou qualquer outra coisa que pudesse livrar sua barra daquela situação; era simplesmente enfrentar de cabeça erguida, e rezar pra que o tempo voasse. De volta ao interior da loja, a tal mulher lhe entregou um catálogo com preços e modelos de todos os dildos e vibradores; pra Ricardo não fazia diferença alguma, era tudo rola de borracha. E só o fato de pensar em tocar naquelas coisas, já ó causava repulsa.

Mas que piada sem graça, não acredito; pra conseguir comer uma buceta vou ter que vender rola. Se bem que não são de verdade. Neste momento o demônio sentado em seu ombro veio lembrar: — Mas ainda são pirocas...

Enquanto Ricardo se martirizava com diálogos internos, um ônibus colorido parou na frente da loja, a porta do ônibus se abriu, o chão começou a tremer e o céu começou a se colorir com um misto de todas as cores, do ônibus começou a sair uma manada de unicórnios vomitando arco íris por todas as partes.

Logico que essa descrição esta muito fantasiosa, mas foi exatamente assim que Ricardo viu. Na verdade só desceram gays bem naquele estilo bichas loucas fazendo a maior algazarra.

— Eles chegaram! É hoje que vou lucrar. Disse a tal mulher, com um sorriso grande no rosto.

Ricardo correu pro fundo da loja e se decepcionou ao descobrir que não havia portas; ali no fundo, ele só ouviu o barulho da porta da loja se abrindo e em seguida uma palavra dita com um entusiasmo impressionante: ­— BIIIIIIIIIIIIIIXAAAAAAAAAAAAAAAAA, QUE TUDOOO.

E começou a maior agitação naquela loja, era viado pra todo lado; Ricardo ouviu e viu cada coisa naquele dia, que te garanto: ele nunca mais iria esquecer. Volta e meia, algumas daquelas bixas esbarravam em seu pau, e entre cantadas e olhares das bixas Ricardo aguentou ate o fim do dia. Assim como chegaram, do nada desapareceram levando praticamente todos os produtos da loja.

Andando pelos corredores e analisando a situação, Ricardo só se perguntava uma coisas:

— Mas – o – que – aconteceu – aqui? ...Só quero minha grana e nunca mais volto aqui. Pensou Ricardo. Mas antes passou no banheiro; é claro ele não seria louco de ir no banheiro quando aquele tanto de bixa estava na loja né?!

Entrou no banheiro, se dirigiu ate o mictório, e começou a esvaziar o joelho (piada infame). O prazer daquele momento nem o fez perceber a aproximação de alguém, só notou quando uma voz do seu lado falou:

— Posso mamar? Olhou pro lado um pouco assustado e tinha apenas um cara barbudo e com uma aparência nada gay; Ricardo acreditou que tinha entendido mal e ignorou, mas quando sentiu uma mão no seu ombro e a mesma pergunta em seguida: — Posso mamar? Quando Ricardo levantou seus olhos o barbado estava apontado pro seu pau.

— mas que porra é essa? Esbravejou Ricardo já puto da vida. Se dirigiu ate a porta de saída do banheiro e antes de sair falou: — vai mamar no satanás. E saiu deixando o barbado decepcionado.

A tal mulher já o esperava no caixa toda feliz e com um envelope nas mãos:

— Aqui esta seu dinheiro, hoje foi um dia ótimo.

— Ótimo? Ótimo? Pelo menos pra você né?! Respondeu Ricardo com vontade de enfiar aquele envelope no rabo naquela mulher. Tomou o envelope e foi em direção a porta da rua e antes de atravessar os limites da loja com a rua a mulher falou:

­— Semana que vem temos outro evento; se você quiser? aparece aqui. Ricardo olhou pra trás o seu olhar esmagava a tal mulher junto com aquela loja do satanás. Ele pensou em dizer muitas coisas mas simplesmente virou as costas e foi embora.

A tal mulher ficou sem entender a atitude de Ricardo, mas se voltou pro caixa e começou a contar os seus ganhos do dia; quando de repente um tijolo atingiu a vidraça da loja, o barulho chamou a atenção do barbado que correu vindo em direção a mulher:

­— Maninha, o que aconteceu?

— algum louco que atirou um tijolo na vidraça. A tal mulher foi em direção a vidraça, notando que no tijolo havia um papel amarrado, pegou o tijolo e retirou o papel e nele estava escrito:

>>>>>>> VAI TOMAR NO CU <<<<<<<<<<

"Quanta maturidade Ricardo" pensava Ricardo enquanto corria pra casa.

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NEON - A BOATE DO PRAZEROnde histórias criam vida. Descubra agora