CAPÍTULO 04

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Maria estava aterrorizada, mas não iria demonstrar. Que homem!

__  Maria, abra essa porta, estou avisando...

__ Cala boca, Estevão se  não tivesse desligado o telefone daquele modo tão grosseiro, teria podido explicar tudo.

__ Deixe-me entrar. Quero ver se não está escondendo Estrella aí.

__ Seja bem vindo! __ Maria respondeu apertando o botão que abria o portão de entrada.

Somente quando Estevão chegou à porta, foi que lembrou de como estava vestida. Já era tarde demais. Se não abrisse a porta naquele momento, Estevão a poria embaixo.
Embrulhou-se no robe, de modo mais recatado possível. Maria abriu a porta.
Ele entrou.
Estevão a desnudou com os olhos e, quando notou os chinelos, adquiriu uma expressão sarcástica.

__ Interrompi alguma coisa? Ou você costuma andar assim pela casa ?

__ Interrompeu sim.

O que ele teria feito, ela se perguntou , se algum homem seminu, jovem, bonito se aproximasse dela nesse momento? Quase se arrependera de ter demitido Arnaldo. Seria bom tê-lo à sua disposição para uma vingança saborosa.

__ Estava ouvindo música. Não veio ver se Estrella está aqui? Pois me acompanhe. Que tal examinar os quartos?

Maria subiu às escadas, com o robe solto  a esvoaçar, um gesto que Estêvão julgou mortalmente perigoso. Ela queria levá-lo aos limites, fazê-lo sucumbir. As promessas de não deixá-lo tocar tornavam-se inúteis agora, ela queria que ele admitisse que a queria loucamente.

__ Quer que eu abra as portas pra você? Não se esqueça de olhar debaixo das camas. Nos banheiros também. Talvez ela esteja escondida no boxe  do chuveiro.

Ela parou em frente a uma porta.

__ Esse quarto é meu. Talvez você não deva entrar ae para não se contaminar.

Maria gritou quanto sentiu as mãos de Estevão a puxarem para trás, contra seu peito.

__ Pare com isso.

__ Parar o quê ? __ ela perguntou, já com voz trêmula.

Nossa! Não era isso que pretendia fazer. Ele é quem devia ser a vítima. Maria fechou os olhos e sentiu ondas de desejo percorrerem-lhe o corpo.
Estevão soltou um gemido, demonstrando que também não conseguia resistir ao contato físico.

__ Abraça-me. __ Ela suplicou com uma voz que não reconhecia como sua. __ Abraça-me.

Outro gemido escapou de Estevão enquanto suas mãos desciam pelos braços de Maria  e chegavam a suas coxas cobertas pelo cetim. Ela sentiu o coração disparar quando sentiu as mãos deles prosseguirem a viagem, deslizando até a barriga e chegando à parte de baixo dos seios.

Ao sentir que ele hesitava, ela própria o conduziu à caricia das curvas delicadas.

__ Mariaaaaaa!! __ Ele murmurou, mergulhando os labios na pele macia do seu  pescoço.

Estevão segurava agora os seios dela com firmeza, enquanto ela queimava de desejo, erguendo os braços e percorrendo com os dedos os cabelos negros do homem que  a prendia fortemente contra si.

__ Beije-me!! __ Ela pediu com desespero.

Maria sentiu tudo rodar quando ele a virou e levou avidamente a boca a seus lábios, empurrando a língua tao fundo que ela quase sufocou.

__ Devo estar  louco, mas  não importa. __ ele exclamou à certa altura. __ Eu a quero. E vou tê-la. Suponho que não faça objeção.

Ergueu -a nos braços e Maria o encarou, arregalando os olhos.

CORAÇAO DE FOGOOnde histórias criam vida. Descubra agora