Vi na previsão do tempo que o sábado vai ser ensolarado, então resolvi marcar de sair com o Mathews, nós não nos víamos desde de que mudei de escola, mas prezamos por manter contato e sempre conversamos por mensagem, apesar de não ser a mesma coisa. Ele é a única lembrança boa do meu passado.Então avisto suas mãos arrumando seu topete, diria que pela vigésima vez conhecendo-o bem. Quando me vê ele abre um sorriso largo, e estende os braços.
- Cara, eu não te vejo a quanto tempo? 10 anos? - Me olha espantado.
- Talvez... - Não consigo controlar meu riso.
- Você cresceu, e vai por mim engordou! - Ele sabe o quanto essa última coisa é importante pra mim, é bom tê-lo por perto. Aperto ele ainda mais.
- Da última vez que eu te vi você batia abaixo do meu ombro, agora estamos do mesmo tamanho.
- Sim, você não imagina a minha felicidade em ter deixado de ser uma tampinha.
- Ah é... Não vai ser mais minha tampinha... Vou ter que arranjar outro apelido pra você! - Ele passa a mão na minha cabeça bagunçando meus cabelos. - Pra onde quer ir Tina?
- Essa tarefa é toda sua!
Ele entrelaça seus dedos nos meus e andamos pela rua sem direção. Mathews me traz confiança, vou com ele pra qualquer lugar.
- Como estão as coisas na escola nova?
- Já deixou de ser nova, agora é tudo igual, todos os dias. Não sei dizer se esse ano está melhor ou pior, talvez mais agitado do que o normal.
- Como assim? - Seus olhos verdes me encaram.
- Em um bimestre eu já torci meu pé, vi briga entre amigos, disputei com um menino o meu jardim, discuti com ele e derramei suco na blusa dele, não de propósito mas... Até que ele mereceu.
- Caramba, não quero nem imaginar o que ele deve ter feito para merecer um copo de suco na camiseta. Realmente você está diferente. - Ele ri e coloca seu braço no meu ombro. - Já sei onde a gente pode ir...
Quando chegamos no parque lotado Mathews me oferece uma casquinha. Não recusei, o calor estava grande demais pra isso. Nós fomos em diversos brinquedos desde a montanha russa ao Rio Bravo, que deixou minha roupa toda ensopada.
- Catharina deixa de ser medrosa, e vamos logo, já fomos em todos os brinquedos só falta esse. - Ele saí né arrastando em direção a fila que está ficando menor a cada vez que a gente se aproxima.
- Pode ir, é sério, eu fico aqui.
- Você vai em um elevador que despenca mas tem medo de ir a uma sala do terror?
- Não é medo, é que... - Quando vi ele já tinha me arrastado em direção a porta onde havia um homem assustador nos esperando. " Deus, o que é que eu tô fazendo aqui?"
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Just trying
Teen FictionCatharina se acha feia! Será mesmo? Ela vive uma vida monótona, sempre foi uma pessoa acomodada por tudo que já sofreu na vida. Tímida, nunca teve o sabor de experimentar a vida, e vê-la do jeito que realmente é. Porém um desejo incontrolável de mu...