"A mágoa altera as estações e as horas de repouso,
Fazendo da noite dia e do dia noite.
- William Shakespeare "
-Senhorita Elizabeth- Christopher chamou-me- posso lhe encontrar no parque amanha pela tarde?- Christopher perguntou-me, abri a boca para dizer que não, afinal não quero envolvimentos com os vermes pertencentes a coroa, mas logo lembrei-me de suas palavras do trigo e do joio.
- Só uma chance- suplicou-me, por um momento achei que ele estava lendo meus pensamentos
- Ela adoraria- disse meu pai se intrometendo, mas Christopher ignorou-o e continuou olhando-me
- Eu amaria, vossa majestade- disse com um tom de sinceridade em minha voz e minha cabeça martelava: "procurar trigos em meio á joio"
Meu coração dizia que isto era traição, os olhos e beijos de Frederick ainda preenchiam minha mente e meu coração, mesmo que já á um ano ele estivesse a sete palmos da terra, Fred tinha apenas 21 anos quando foi morto pelo assassino era membro da organização, ansiava a justiça tanto quanto eu, o amava e era correspondida, mas sua casta era a da mais baixa e suja possível, meus pais nunca aprovariam nem meus pais nem a corte, tal ato poderia servir de afronto visto meu pai ser de grande importância no castelo, mas ao contrário dos outros não teve nenhuma parte de seu corpo dilacerado, apenas um bilhete em mãos: " não confunda inimigos com amigos ", os médicos chegaram a conclusão que haviam lhe dado veneno, meu coração apertava só de pensar que sair com outro homem seria o mesmo que trair Fred.
- Oh querida filha! Honrou meu nome nesta noite !- disse papai tirando-me de meus devaneios, forcei um sorriso e abaixei meu rosto novamente
- pela tarde estarás explendida!- disse mamãe- Santo Deus, minha filha se encontra-rá com o o príncipe da Dinamarca- mamãe concluiu com os olhos brilhando de orgulho
-Oh mamãe! O rapaz apenas convidou-me para um passeio- disse olhando-a mas ela apenas ignorou-me
-Imagine Edward o casamento de nossa filha, Ed levará as alianças, será em um palácio gigantesco...- mamãe começou a fantasiar meu "casamento" com Christopher, sua mente ia longe e a minha também, por mais que esforçasse-me a seguir o conselho de Adelaide e de Christopher, mas meu ódio por ele, por seu pai, pela realeza era maior, meu orgulho fazia-me cogitar a probabilidade de não ir, porém a esta altura mamãe faria-me ir de qualquer maneira. A carruagem parou e percebi que já havíamos chegado em nossa casa desci agradeci o rapaz da carruagem e dirigi-me ao meu quarto, amanhã seria um longo dia.
Naquela manhã vesti meu vestido preto um pouco remendado e minha capa vermelha e sai escondida, como fazia nas maiorias das manhãs, mamãe achava que estava caminhando, mas na verdade eu colhia maçãs e pêras e vendia para o clero, burgueses e nobres nenhum ser sabia de minha identidade, as frutas que sobravam distribuía para os trabalhadores e com o dinheiro comprava comida e trajes para os menos afortunados, quando terminei o sol já estava alto, andei até onde a organização se reunia, troquei meus trajes e voltei para casa, assim que adentrei mamãe bombardeou-me
-Elizabeth, onde estava? Esqueça-te vamos suba e se vista em breve se encontrará com seu futuro marido
-Mãe não ouse em se referir a mim deste modo, nunca em minha vida casarei com aquele traste.- disse entredentes virando- me para ela
-CALE-SE! Esquece-te que sou tua mãe e é A MIM que cabe a decisão de com quem você irá se casar!- mamãe disse empurrando-me ate meus aposentos- ADELAIDE ARRUME ELIZABETH- mamãe ordenou e bateu a porta de meus aposentos
-Como a senhorita está?- perguntou-me Adelaide
-Por que razão não tenho livre arbítrio? A escolha de quem será meu marido cabe a mim, não seria este o justo?- perguntei a Adelaide
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Blue Blood: o assassinato
RomanceUm assassino em série está solto pelas ruas da Dinamarca, um grupo está tentando desfazer as injustiças feitas pela coroa e estão em uma busca acirrada de quem é esse cruel assassino, mas no meio de sua busca um dos integrantes do grupo morre. E se...