O começo...

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MAIO DE 2005

Eu ainda chocada o que tinha acabado de acontecer comigo naquele maldito interrogatório. Flashbacks passam por mim, ao ver aquele estuprador me enchendo de porradas, só por pergunta-lo o que fez com Melanie Jones. Me atacou sem do, nem piedade. Me recordo apenas de ter-lo empurrado de cima de mim e logo após apagar. O que aconteceu com ele? Será que tem alguém aqui nesse hospital pra me explicar.

- Bom dia Senhorita Montez, sou o Dr. Carter! Que susto foi esse! Tem alguém no céu que te ama, enviou alguém logo pra te ajudar. - Fala olhando para meus prontuários

- Doutor pode me explicar o que aconteceu? Eu nao lembro quase nada.

- Vou pedir que seu pai entre pra te explicar! - pisca pra mim - Joanne chama o Sargento Montez, por favor! - A enfermeira vai em uma agilidade, logo meu pai entra na sala.

- Filha! Nunca mais faça isso, você não aprendeu nada com que eu te falei? Nunca deve-se interrogar alguém, ainda mais um maníaco, sozinha! Quer matar o velho do coração? - pega na minha mão.

- O que aconteceu logo depois que eu apaguei?

- Segundo o Detetive Mac, assim que você empurrou o suspeito, o mesmo bateu com a cabeça na quina da mesa e morreu.

- Porque eu não lembro disso? - Falo indignada

- Você já havia desmaiado, com a força dos socos dados em você, se ele te batesse mais um pouco, poderia ter te causado um traumatismo craniano Senhorita Montez. - O doutor fala em um tom bem forte.

- Então eu matei um suspeito? Que droga! - deito a cabeça no travesseiro - Estou ferrada com o juiz e com a corregedoria, vão me exonerar no cargo!

- Não vão te exonerar filha, já falei com o pessoal. Foi em legítima defesa. Mas isso não quer dizer que não vai pra sua ficha de ocorrências! Com a corregedoria não precisa se preocupar, esqueceu que seu pai manda la? - Ele brinca - Doutor, quando ela terá alta?

- Amanhã, ela prometendo não fazer muito esforço, se recupera- rá em poucos dias. Eu peço licença preciso pegar mais um soro pra você, só um minuto. - O doutor se retira da sala

- Filha! - meu pai senta ao meu lado e pega a minha mão - Que susto, pensei que tinha te perdido, assim como perdi sua mãe.

- Sou dura feito pedra, nada me atinge - Rimos - Pai, eu estava pensando, acho que seria até melhor se me tirassem do cargo de csi. - Falo desapontada

- Como assim? - mostra-se surpreso

- Olha que aconteceu comigo? Não quero isso pra mim. - Uma lágrima corre em meu rosto

- Não filha, não vou permitir que faça isso contigo, não desista. Você é uma ótima csi. Nunca vi alguém trabalhar com tanta vida, igual a você.

- Pai não sei se quero ir pra aquele laboratório, ando tendo muitos desentendimentos com o Mac, ele só me coloca em casos sozinha, porque acha que interroguei o suspeito sozinha? Ele não colocou ninguém nesse caso pra me ajudar.

- Filha isso não é motivo pra fazer com que você desista! Olha, eu não passei isso a ninguém ainda, mas recebi um e-mail do supervisor do laboratório de Vegas. Estão precisando de mais um csi, eu já estava pensando em te candidatar, aceita?

- A cidade do pecado? Sério! Lá tem o dobro de crimes do que NY, quase. - Falo desanimada

- Olha, é uma boa oportunidade. Se não quiser ir, não vá! Não vou insistir, mas pensa. Recebo relatórios ótimos daquele laboratório. Parece que a equipe é muito boa.

- Sei não pai! - falo ainda desanimada

- O salário é melhor! - Rimos - Filha, olha depois que me casei de novo, você tem estado muito triste ao ficar em casa comigo e a Susan, mesmo ela não estar tentando roubar o lugar da sua mãe. Mas assim, vá criar o seu caminho, soltar as asas. Você tem 27 anos. Essa oportunidade de Vegas vai ser boa.

- Tá bom, eu aceito. Contanto que o senhor me visite uma vez por mês!

- Fechado! Vou pedir pra providenciarem sua transferência hoje mesmo. - Ele beija a minha testa e se levanta - Vou deixar que descanse. Mais tarde eu venho te ver! Eu te amo Filha!

- Te amo Pai. - meu pai sai da sala e o médico entra na sala com mais um soro de 1 litro, que claro me faz apagar em um instante.

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