Onde você está, meu amor?

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Por Nick

Quem diria que eu me iria me apaixonar nessa hora do campeonato. Comigo sempre foi trabalho e curtição. Mas não era o que a vida tinha me reservado, não era mesmo. Mas esse ser chamado vida tem sido bem generoso comigo.

Lembro do dia que vi a Érica pela primeira vez... Aquele dia tinha começado péssimo, acordei atrasado, peguei trânsito no caminho do laboratório e alguém tinha estacionado um dodge todo torto ao lado da minha vaga, mal consegui estacionar meu carro. Mas ao entrar ao laboratório todo aquele mau humor mudou quando a vi. Ela estava com calças jeans e uma camisa social e seus cabelos castanhos estavam jogados nos ombros, a visão mais bela que já tinha visto em anos. Aquele sorriso que a vi mostrando a todos... A forma doce como ela se desculpou por ter estacionado o carro.

Mas nada se compara ao dia que a vi com aquele vestido vermelho – Nota mental: lembrar a Érica de usar aquele vestido mais vezes – Aquele vestido era onde ela ficava mais perfeita depois de ter a visto sem ele. Outra visão do paraíso. Era seu corpo. Ele se encaixava totalmente ao meu, seu cheiro suave. Eu era apaixonado por ela em todas suas versões. Adoro ver-la adormecida quando amanhece, como seu peito levanta e se abaixa ao movimento de suas respiração profunda. Sou apaixonado pelo sorriso dela, sou apaixonado por seus beijos.

Tudo aconteceu rapidamente? Sim. Mas e daí? Durante esses últimos 5 anos que estou aqui em Vegas, não tive um relacionamento que durasse mais que 2 meses. E que o sentimento fosse tão profundo como esse.

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Estar na minha casa sozinho já não estava mais fazendo sentido pra mim, eu sentia falta dela. Tenho passado minhas madrugadas vendo o noticiário da madrugada para passar o tempo. Não quero dormir para não perder o costume e também prefiro dormir junto com a Érica. É bem mais prazeroso – risos.

Essas semanas tem sido assim, ela chega de manha dos turnos e eu estou na casa dela preparando nosso café da manhã, ela toma banho – quando não tomamos juntos – e deitamos. Dormimos – quando dormimos, risos – e acordamos no fim da tarde porque ela já tem que se aprontar para ir trabalhar. Às vezes, nesse meio tempo, também, damos uma passeada pelo quarteirão, vamos ao mercado. E quando ela vai trabalhar volto pra minha casa esperar mais uma madrugada passar e estar lá logo cedo para receber ela.

Essa monotonia é maravilhosa. Mas sinto falta de solucionar um bom crime e ir atrás dos criminosos folgados.

Lá estava eu vendo mais uma vez o jornal da madrugada, gosto de ver como anda a onda de crimes em Vegas em uma quinta feira à noite. Por enquanto, tudo está mais tranquilo que o normal. Já tem algumas horas que a Érica já começou o expediente. Tentei ligar, mas caiu na caixa postal, ela já deve até estar em alguma cena. Olho para o relógio e já passam das 03h. Ainda faltam alguns minutos para passar aqueles filmes melancólicos na TV. Preciso ocupar a minha mente, se não, irei enlouquecer aqui sentado nesse sofá. – Meu telefone toca – era uma mensagem da Catherine.

"MENSAGEM DE CATHERINE ÀS 03H45

Preciso que venha imediatamente a esse endereço:

Street Falling, ao leste do Mediterrâneo.

Código 444."

Código 444? Csi desaparecido? Não vejo falar neste código desde o dia que fui sequestrado e enterrado vivo. Odeio relembrar esse dia. Não desejo isso a ninguém.

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