Alguém morreu durante o "churrasco estilo Montez"!

14 1 0
                                    


Descemos para sala, lá estava meu pai e Susan olhando algumas fotos que espalhei pela casa...

- Querida, estava chorando? – pergunta Susan, ela sempre foi tão fofa.

- Não – disfarço – Eu estava lavando o rosto pra tirar o sono e caiu um pouco de sabão no meu olho, por isso parece que eu estava chorando. – rimos.

- Bom, foi muito bom ter passado esse tempinho com vocês, mas eu preciso ir pra minha casa, preciso tomar um banho e trocar de roupa. – diz Nick, ao começar a despedir.

- Antes que você vá, deixe- me perguntar, você iria ao mercado comigo? – pergunta meu pai a ele - Quero lhe mostrar como se compra uma carne de primeira para um churrasco "estilo Montez".

- Claro Sr. Montez, passo aqui em uma hora e podemos ir. – concorda Nick. Ele vem até a mim e beija meu rosto – Vejo você daqui a pouco – pisco pra ele – Tchau pessoal. Te amo querida! – ele grita antes de sair pela porta.

- Encontrou uma pessoa incrível Érica, parabéns! – Diz Susan.

- Obrigada – digo, vou até o sofá.

- Filha, você realmente está feliz? – pergunta meu pai.

- Sim pai! Porque eu não estaria? – pergunto.

- Filha, você está mexendo com fogo! – alerta ele.

- Mas pai, foi como o senhor mesmo disse, no coração não se manda! – retruco - Eu sei que ele e eu estamos correndo o risco de perder o emprego, mas...

- E a história se repete. – ele ri – Sua mãe e eu éramos tão novos, eu tinha 20 anos quando a conheci. Na época que sua mãe e eu nos apaixonamos, logo em seguida casamos. – ele fixa os olhos - Não faça isso, viu! – alerta ele, eu apenas aceno com a cabeça e soltou uma pequena risada – No meu tempo era igual aqueles três macaquinhos, sabe, um surdo, um cego e um mudo. – rimos - Eu sempre vou te apoiar, você sabe disso. Se quiser que eu tente dar um jeito na corregedoria, eu posso até tentar, mas não garanto que eles vão aceitar. – ele afaga minha mão.

- Tudo bem pai! – sorrio pra ele – Vamos dar um jeito. – pisco pra ele.

- Quando vocês perceberam que era amor? – Pergunta Susan.

- Sabe, até hoje eu realmente não entendo exatamente o que aconteceu conosco. Ele foi o primeiro ao dar o passo. Desde o primeiro dia que vim ao laboratório vi que ele olhava de um modo especial pra mim, mas meu coração começou a se deslanchar por ele um dia antes de me mudar pra essa casa. Ele me deu um ramo de rosas vermelhas, eram lindas. – digo.

- Que romântico. – dispara Susan.

- Ele é, não é? – brinco – Nosso primeiro encontro de verdade foi na casa dele, ele fez um jantar magnifico! – suspiro só de lembrar. - A noite foi... – falo.

- Quente! – diz Susan.

- SUSAN! – grita meu pai - Querida me poupe desses comentários, me deixe pensar que você ainda é virgem! – diz meu pai.

- Querido, nunca que a sua filha de 27 vai ser virgem ainda, tira isso da sua cabeça.- diz Susan.

- Foi tão bom! – digo, Susan e eu continuamos a brincar com a paciência do meu pai.

- Érica Valerie Montez, quer mandar seu velho para o céu antes da hora? – nego com a cabeça – Bom mesmo. Tem cerveja ai? Preciso de uma.

- Na porta da geladeira deve ter umas duas. – insinuo. E ele foi, com toda aquela marra de um senhor de 60 anos.

Amor e Casos Onde histórias criam vida. Descubra agora