"DESPEDAÇADO..."

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   - Senhora? - Caleby entra no quarto.

   - O que foi?

   - Tudo pronto...

   - Onde eles estão?

   - Ally está desacordada... Está junto com o Humano. Claus está na Ala dos Mortos.

   - Como é? Por que Claus está junto aos mortos?

   - Ele...

   - Você o matou?

   - Não, Senhora... Ele já estava morto quando eu cheguei.

   - Perfeito. Com Claus morto vai ser bem mais fácil pegar o que eu quero. Leve Claus e Ally para o salão... Convoque alguns Demônios para nos ajudar. Ah... Leve o Humano também.

   - Sim, Senhora.


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Estou em um tipo de cela... Junto com Léo.

   - Olá, Ally... Há quanto tempo. - Ele sorri.

   - Onde estou?

   - Na mansão da Chloe.

   - Claus... Onde ele está?

   - Não sei. Só trouxeram você.

   - E por que está preso? Pensei que fosse o brinquedinho dela.

   - E sou... - Ele sorri. - Mas quando ela não precisa de mim, me prende aqui.

   - Há quanto tempo estou aqui?

   - Há algumas horas...

De repente, o portão se abre e Caleby entra acompanhado de dois Demônios horrorosos.

   - Prisioneiros... - Caleby sorri. - Vamos dar um passeio.


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Quanto mais andamos pelos corredores mais celas aparecem, com Demônios, Anjos, Humanos... Entramos em um grande salão. Há vários Demônios ao redor de uma grande mesa de pedra branca, e sobre a mesa está... Claus. Chloe está logo adiante, com as mãos apoiadas na mesa.

   - Ally... Que prazer vê-la aqui. - Chloe sorri.

   - Saia de perto dele. - Choro de raiva.

   - Claus? - Ela sorri. - Ally... Sempre dramática. Ele está morto. Acabou.

   - Por que nos trouxe aqui? - Léo pergunta.

   - Vocês têm algo que eu quero... - Ela se aproxima de Léo. - Está disposto a me dar?

   - E o que eu tenho de tão precioso?

   - Vida...

   - Por que precisa da vida dele? - Pergunto.

   - Estou envelhecendo... - Chloe sorri. - Preciso de vida Humana para me manter viva.

   - E quem garante que vou deixar você me matar? - Diz Léo.

   - Se você fosse um pouquinho mais esperto, saberia que Demônios não podem levar a alma de um mortal... Ela precisa ser oferecida. A escolha é sua.

   - Não vou te dar a minha alma.

   - Escolha errada... Mas posso barganhar pela sua vida. Deve ter algo que queira.

   - Não...

   - Algo que lhe foi tirado... Algo que ame. Se lembra da Pitty, não se lembra?

   - Como...?

   - Quando ela foi embora...

   - Como sabe sobre ela?

   - Me entregue sua alma e poderá vê-la de novo.

   - Promete?

   - Claro...

   - Minha alma é sua.

Chloe sorri, agarra Léo e o beija profundamente. A pele de Léo começa a se desfazer... Evaporando como fumaça. Depois de um tempo, a única coisa que resta de Léo é o esqueleto. Chloe o solta e ele cai no chão... Virando um monte de ossos.

   - Me sinto bem melhor. - Chloe sorri. - Sua vez, Ally.

   - Você mentiu pra ele. - Digo.

   - O quê?

   - Disse a ele que traria seu amor de volta... Não trouxe.

   - As vezes é preciso mentir para conseguir o que quer.

   - Quem era Pitty?

   - Um Anjo... Morreu na Guerra. - Ela dá de ombros.

   - Quer a minha vida também?

   - Não... O que eu quero de você é bem diferente. Você e sua irmã são as únicas herdeiras do poder de Mellyssa.

   - Mas Léo disse que não temos nenhum poder... Somos mortais.

   - E vocês são mortais... Vocês têm a essência dela, a única coisa que Mellyssa deixou para trás. Eu peguei a essência da Mylenna enquanto ela dormia... Só falta você. É claro que não preciso perguntar o que você quer em troca. - Ela caminha e para ao lado da grande mesa de pedra branca. - Posso trazê-lo de volta... Saudável.

   - E eu vou morrer... Muito inteligente. - Reviro os olhos.

   - Não, você vai ficar viva. Não quero a sua vida, e sim, o que resta da vida de sua mãe. Nada acontecerá com você... Não vai doer.

   - Primeiro o traga de volta.

   - Não...

   - Se quiser a essência da minha mãe, traga Claus de volta.

   - Não está em condições para fazer brincadeiras, Ally.

   - Primeiro o Claus.

   - Caleby...

Caleby me abraça por trás, prendendo os meus braços.

   - Me solte! - Grito.

Chloe se aproxima de mim e me dá um beijo demorado na testa. Logo depois, ela se afasta.

   - Doeu? - Ela sorri.

   - Claus... - Sussurro.

   - Não...

   - O quê? Tínhamos um acordo.

   - Tínhamos? - Ela se vira para os Demônios. - Levem o corpo do Anjo para a Ala dos Mortos... E os ossos do Humano para os cães. - Depois ela se vira para mim. - E você...

   - Por favor... Traga Claus de volta. - As lágrimas queimam os meus olhos.

   - Você vai apodrecer na prisão.

REALIDADE (TRILOGIA "SONHOS" PARTE III)Onde histórias criam vida. Descubra agora