"PREMATURO..."

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Assim que Lord Supremo nos tirou daquele lugar, fui atacada por fios, tubos, médicos nervosos... Parece que o meu lar vai ser o Hospital por um longo tempo. Durante esses 3 meses que estive cravada nesta cama de hospital, Caleby esteve sempre ao meu lado... É claro que com quatro Lords o vigiando, além de visitas constantes do Lord Supremo. A dor que eu sentia foi diminuindo com o passar do tempo, mas ainda posso sentir algumas agulhadas na barriga. Também sinto o bebê chutar, é uma sensação maravilhosa. Na maioria das vezes, o bebê chuta quando Caleby está ao meu lado. Os olhos dele brilham... É como se nesse pequeno momento, tudo o que aconteceu, tudo o que ele fez... Desapareceu. Somos uma família. Embora o bebê não seja dele. Caleby passou os últimos meses deduzindo os nomes do bebê. Por enquanto, estamos tentando decidir entre Thomas, Axel e Henrik.

   - Prefiro Henrik. - É o que Caleby sempre diz.

O hospital em que estou é Humano, não podíamos usar o hospital do Castelo, já que Caleby não pode entrar lá. Aqui não é tão ruim, Lord me trás vários livros, os médicos são legais... Além de serem todos Lords, é claro.

Estamos em um daqueles momentos em família, quando Lord e Lord Supremo entram no quarto.

   - Caleby, pode nos dar licença um minuto? - Lord Supremo pergunta.

   - Claro. - Caleby sorri e se vira para mim. - Depois eu volto. - Ele me dá um beijo na testa.

Assim que Caleby sai, Lord Supremo continua, mas desta vez fala com Lord.

   - Não acha isso estranho?

   - Muito. - Lord concorda. - E você, Ally? Também acha isso estranho?

   - O quê? - Pergunto. Não estou entendendo nada.

   - O fato de Caleby estar um amor... Em um momento ele é agressivo, no outro ele é todo amoroso.

   - Ele só está...

   - Fingindo. - Diz Lord Supremo.

   - Fingindo? Não... Caleby é só um pouco indeciso com a sua personalidade. Demônios são assim. Ele pode ser rude as vezes, mas eu sei que por baixo há um homem gentil e amoroso.

   - Não seja tola, querida. Ele é um Demônio... É da natureza deles matar.

   - E só por isso ele não pode ter uma família? Ser amoroso com sua esposa?

   - Pare de defendê-lo. Ele é um Monstro, um animal. - Lord Supremo grita.

   - Você não viu o jeito dele, como ele ficou quando o bebê chutou...

   - O bebê que nem filho dele é...

   - Ally... - Lord se senta ao meu lado. - Você não sabe que quanto Caleby pode ser mal... Você não sabe o que ele é capaz de fazer...

   - Eu sei que Demônios são assim... Mas Caleby é diferente. - Sorrio.

   - Ally, você...

   - Esquece. - Lord Supremo interrompe Lord.

   - O quê? - Lord Supremo se vira para ele.

   - Não imposta o quanto digamos a ela... Ela não vai acreditar. Ela não acreditaria que está acontecendo um incêndio mesmo que suas roupas estiverem em chamas.

   - Mas é o nosso dever salvá-la...

   - Não vai adiantar nada se ela não quiser ser salva.

   - Mas, senhor...

   - Rodrigo, chega.

   - Rodrigo? - Pergunto.

REALIDADE (TRILOGIA "SONHOS" PARTE III)Onde histórias criam vida. Descubra agora