Varro os olhos por todos os olhares fixos da plateia, me satisfazendo emocionalmente. Meu estado de euforia era demasiado alarmante, daquelas que nos deixa inquietas, impulsiva, constante.
Emoção, era isso.
-Eu estou feliz, Porque agora eu escrevo como autora. - minha própria voz me espantou, incoerente respondi quando meu estado foi perguntado.
-e qual a diferença, Lauren? - a mulher nos auges dos seus vinte e tantos anos me fitava, admirada, para as câmeras. Pois eu enxergava todo seu desencantamento por entrevistar uma autora e não o cantor, bonito e burro, que metade do país queria que ela entrevistasse.
-a diferença... é que eu não escrevo para que as pessoas gostem apenas, não escrevo para que leiam. Escrevo para que sintam. Para que desperte emoções em meus leitores, estou dizendo, que, não me importa que tipo de emoções despertem. não me importa se é felicidade, raiva, tristeza ou até mesmo frustração. Eu escrevo porque quero que sintam. E é isso que nós autores fazemos. - olhei para a plateia que me fitava ora com curiosidade, ora com admiração. - nós temos que passar alguma coisa em nossa escrita, porque a escrita em si é a arte do coração.
A plateia inteira explodiu em aplausos e gritos. Ali eu sentia que finalmente alcancei algumas pessoas, mesmo que poucas, mesmo que por razões diferentes, eu alcancei. E eu me senti imensamente orgulhosa por isso.
-por favor, não se comprometam. - minha voz se sobressaiu diante os poucos aplausos que ainda restavam, ficaram em silêncio outra vez. -peço-lhes que saibam interpretar minhas palavras. - como um bom leitor deve fazer. - Não precisam comprar meu livro porque gostaram das minhas palavras. Fora palavras de uma simples autora, como muitos. Podem ter gostado de minhas palavras, e pela euforia comprar, mas não é isso que proponho, no entanto. Não espero que todos leiam e gostem, mas, espero que todo o pouco que ler, sinta. - meu sorriso era do tamanho do mundo, o meu mundo, o meu sonho, o meu livro, os meus leitores.
Eu sou Lauren Michelle Jauregui, filha de Clara e Michael Jauregui. tenho 22 anos e sou escritora. E meu maior sonho, é alcançar o mundo, de forma crua tocar no coração das pessoas, Abrir feridas, curar machucados. Abrir mentes, e aproveitar o máximo do que podemos receber. Tenho pressa de felicidade, impaciência de espera. Prazer, caos.
E Esse... esse é o grito mudo de um autor desesperado, Espero que compreendam.
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Escritora Errante
FanfictionEm que momento o amor nos aparece? Em que momento ele bate em nossa porta? Ele bate na porta? Não, ele não bate na porta. Ele tem poder o suficiente para que ele entre, bem debaixo de nossos narizes, no momento em que menos esperamos. clichê? O que...