"Novamente aqui peço suas sinceras desculpas, também pela forma que me cabe escrever. Pouco vivo, pouco sinto, mas muito sei. Sei que estou em um limbo impessoal, e que o vazio é extenso, então novamente peço perdão pela forma que aqui escrevo, talvez algo melancólico e triste, mas algo.
A falta de existência de Carmen me deixa louca. Quantas pessoas precisam de uma Carmen em suas vidas? Talvez poucas, muitos são reconhecem o não superficial, chulo. A falta de Carmen me faz me afundar mais em mim mesma, e a forma que o escritor esta, é, miseravelmente, expresso em sua escrita, é um dom, afinal.
Então aqui deixo escrito, todo meu descontentamento pelo universo, universo? Sim. Por que não criastes pessoas tão puras, singelas, e dóceis como Carmen, me perdoem a palavra, maldito universo.
Sigo fielmente esperando Carmen aparecer-me para que eu possa contemplar de toda sua beleza.
E vocês, caros leitores? Também esperam uma Carmen?"
Hoje estou em um dos dias em que quero sumir, e me esconder até de mim mesma se possível.
Bem, o problema é que eu tenho depressão, como sabemos que depressão (cientificamente provado) é uma doença, e que se você ter uma vez, terá pela vida toda. Logo, eu vivo de momentos, às vezes gosto dos meus pensamentos, e às vezes tenho um intenso desejo de calar minha própria mente.
E hoje está sendo um desses dias, porém, escrever é uma das melhores coisas para se fazer nesses momentos, afinal, todo poeta têm sua dor. E quando estamos bem, não escrevemos sobre estarmos bem. escrevemos sobre a nossa ferida, aquela que está no fundo de sua alma, aquela que parece que só você sente. Então alguém lê uma poesia para você, sobre o mesmo que você está passando, é gostoso. Uma sensação de lar, aconchego.
Escrever é libertador, sim. Mas acho esse o problema, você pode libertar até os sentimentos que não queria. Quem escreve sabe, por isso tenho medo de escrever, não gosto de mexer com quem esta quieto e oculto.
Mas eu não sei, talvez nascemos para ser assim, para colocar nas mais belas palavras um pouco do que sentimos. Literatura é o entender, é o saber, o compreender. Porque seríamos meros filósofos loucos se ninguém entendesse o que nós escrevemos.
Então, hoje dei início a um novo projeto. Não sei bem em que momento comecei a escrever algo que faça sentido na historia, mas aproveitei quando foi feito.
Eu nunca entendi muito bem essa coisa do começo do livro não fazer jus a história, é uma coisa complicada. Mas os autores não costumam fazer o começo do livro ter algum sentido, é até engraçado. Mas procuro não fazer o mesmo com o meu.
Seria estranho uma pessoa que nunca se apaixonou escrever romances? Eu não sei, apenas sei que tenho uma irrefreável vontade de escrever sobre o amor, mesmo sem ter conhecido ele. E é estranho eu descrever coisas que nunca senti, como isso? Livros, eles estão aí dos montes e foi feito especialmente para as pessoas terem conhecimento.
Não brinquei quando disse a Camila que o rap e os livros são minhas duas formas favoritas de passarem informações, informações estas que eu também aprendo. Somos todos alunos afinal, nunca aprendemos o bastante.
Por falar em Camila, já faz alguns dias em qua fizemos nossa promessa muda (ou não) de que nos veríamos novamente, com tempo de sobra desta vez. E espero ansiosamente pelo fato citado.
Enquanto isso escrevo meu novo projeto, que com o tempo será finalizado com exatidão, pra alegria de Normani, minha amiga e empresária. Por falar nesta, que já não vejo a algum tempo, e o motivo não sei, resolvo a chamar para meu apartamento para colocar às ideias em dia.
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Escritora Errante
Hayran KurguEm que momento o amor nos aparece? Em que momento ele bate em nossa porta? Ele bate na porta? Não, ele não bate na porta. Ele tem poder o suficiente para que ele entre, bem debaixo de nossos narizes, no momento em que menos esperamos. clichê? O que...