"Este livro é uma pergunta muda, assim como varias perguntas que ocupam minha mente. Talvez você não saiba a resposta, talvez até eu mesma não saiba, mas talvez também saibamos e ficamos calados. Ação gera reação? Tomarei extremo cuidado com as palavras. desde já peço-lhes desculpas pelas pobres palavras que aqui deixo, é que tenho que escrever o que entendem, mesmo colocando o que vós queriam, talvez não o que precisam.
Como começar o começo que já existe? Não sei, porém desta pergunta não procuro resposta. Escrevo este livro com medo, de história pobre e romance avulso, busco a compreensão em cada frase aqui escrita.
Venho-lhes gritar alto a história dessa menina moça, de codinome Carmen. Que de bohemia vive intensamente. Que de tão pobre pra umas coisas se torna milionária em outras. Que de tão pouco se fez tudo em minha mente. Serei melosa? Romance nunca é demais em corações mórbidos pela opressão da sociedade. Sei que lhes peço muito, espero que esse seja o último pedido, no entanto.
Me desculpem a forma de escrever. Existe o escritor que escreve com o corpo, e, uma simples pessoa que escreve com o coração. Qual vós agrada?"
-Lauren! Estou falando com você - ouço a voz de minha empresária me fazendo despertar para a realidade novamente.
-desculpe, Mani - a olhei observando seus longos cachos brilharem perante ao sol. Logo seu sorriso se fez presente.
-você estava lendo seu livro de novo? Isso que é amar o que faz - fechei o livro rapidamente o colocando de volta na estante enquanto dava a volta pela minha biblioteca e parava de frente a Normani.
Mani, como eu gosto de chamar, é minha empresária a algum tempo. Tem 27 anos e veio da Califórnia direto para New York que é aonde eu moro. Normani tem uma pele escura que ressalta sua beleza, os olhos pretos e charmosos, o sorriso aberto e simplesmente lindo.
-na verdade Mani, isso é apreciar a arte. - olhei em seus olhos negros a vendo arquear uma sobrancelha diante do meu inicial discurso. - isso é ler novamente porque talvez na outra vez que você leu não tenha aprendido algo que estava ali, então eu leio de novo e de novo até eu sentir que não posso aprender nada mais do que o meu próprio livro transmite.
-ok senhorita apreciadora de artes, vamos indo antes que você tente vender sua arte na areia da praia. - gargalho e a empurro para longe enquanto seguia minha empresária e amiga até seu escritório.
(...)
Já passava das duas da tarde e ainda estávamos no maldito escritório finalizando alguns papéis. Não que eu não goste do escritório, pelo contrário, o ar daqui me faz pensar no futuro ou simplesmente pensar em qualquer coisa. Com suas persianas cinzas de baixo de suas janelas enormes que podem ser vistas pessoas correndo para todo o lado preocupada com seus afazeres.
Batuco a caneta na mesa em um ritimo qualquer enquanto observo as tão faladas janelas. Talvez eu deva ter um escritório em meu apartamento, afinal, pode ser bom e deva ajudar a melhorar na inspiração para escrever.
-Lauren! Você vive no mundo da lua garota. - Normani nega com a cabeça enquanto me olha interrogativamente, provavelmente estranhando minha falta de concentração.
-abstinência de palavras, overdose de pensamentos. -cito para então a olhar e encarar seu olhar de "para um pouco" dou risada e então continuo. - ok, prometo me concentrar dessa vez! Vamos lá, o que você tinha dito?
-bom, eu disse que hoje você terá uma entrevista na ABC, e uma reunião com o diretor Simon. - sua voz saiu leve enquanto eu observava seu movimentar intenso em arrumar os papéis que na mesa estavam.
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Escritora Errante
FanfictionEm que momento o amor nos aparece? Em que momento ele bate em nossa porta? Ele bate na porta? Não, ele não bate na porta. Ele tem poder o suficiente para que ele entre, bem debaixo de nossos narizes, no momento em que menos esperamos. clichê? O que...