"Escrevo em uma tarde chuvosa, cada gota que respingava em minha janela era uma memória inexistente. Me lembrei de seus olhos castanhos, e de seu sorriso que ilumina mais que o sol. Queria que você existisse, então te criei em minhas linhas.
Escrevo porque quero que encontrem mais Carmens por aí, em alguma hora. Escrevo porque não consigo falar muito de ti, tenho que te guardar em cada linha. Escrevo porque quero que se apaixonem por você do começo ao fim do livro, mas só eu serei uma eterna apaixonada por você.
Porque só eu te imagino como é de verdade, e só eu sei dos sorrisos e das falas, dos olhares e dos beijos. Porque só eu que te criei em minha mente, os leitores, eles podem ter uma ideia do quão maravilhosa você é, mas eles nunca entenderiam. Eles nunca te entenderiam, não como eu entendo."
Fecho meu o livro, na capa o nome Escritora Errante me chamava a atenção. Estava lendo novamente, eu vivo por ler na verdade, e sou completamente apaixonada pela minha obra. E mereço, se não você, quem irá se apaixonar mais por tudo o que tu faz?
Devemos ser eternamente orgulhosos de nossas conquistas, e Escritora Errante é uma das minhas. Por isso eu leio cada frase, com um novo pensamento, porque quero pensar de todas as formas, ver amplamente tudo e qualquer coisa.
Estou em meu apartamento, divagando sobre tudo e qualquer coisa, como sempre. Hoje é o dia em que vou conhecer o elenco do filme Escritora Errante. Simon já havia me ligado, e disse que eu poderia aparecer em alguma hora.
Não que eu esteja sendo como uma mãe coruja com seu filho mimado, eu apenas quero conhecer a mente das pessoas que iram interpretar essa história. Em meu ver temos que entender para interpretar, temos que entender para defender, temos que entender tudo antes de fazer qualquer coisa.
Então eu quero ver a emoção que eles iram passar, já que já li a emoção que passei. Espero que não seja algo monótono, e que mostre todos os detalhes das entrelinhas.
Paro de divagar e me levanto, me visto de maneira casual, colocando uma roupa qualquer. Pego minhas chaves em cima da mesa no centro de minha sala, fecho a porta e caminho tranquilamente para a garagem de meu apartamento.
-um dia ensolarado lá fora, Joshua? - pergunto ao meu porteiro enquanto passo pelo hall da entrada.
-um dia ensolarado lá fora Lauren! Do jeito que a senhora não gosta. - a voz suave atravessa meus tímpanos enquanto gargalho.
Joshua era um senhor na casa dos seus setenta anos, de pele clara e olhar azulado, cabelo grisalho e algumas marcas de tempo no rosto. Era um senhor muito gentil e educado, que sempre preservou a boa relação com os moradores do prédio.
-sem duvidas alguma, Joshua. - sorriu para o senhor. -tenha uma ótima tarde!
-a senhora também dona Lauren! - consigo ouvir antes de virar as costas e caminhar para o HB20 estacionado na garagem.
Não é como se eu gostasse de ostentar meu dinheiro, eu nunca gostei. Porque eu nunca fui daquelas que ligava para marcas ou coisa e tal, eu sou do tipo que se ver, o que tem por fora, gosta. Sem ligar para marcas, apenas ver e gostar.
O som de Ed Sheeran preenche meus ouvidos quando dou partida no carro e ligo o som, no mesmo está tocando i'm mess, uma das minhas preferidas, diga-se de passagem.
Em poucos minutos estaciono em frente ao estúdio de filmagem, a história de Carmen é passada em New York, mas eles mudaram isso, e eu não vi problemas.
A grande estrutura era, basicamente no meio do nada, por conta de sons avulsos e para não atrapalharem a filmagem também. o edifício estava muito movimentado e eu me pergunto como vou achar Simon diante daquele tumulto todo.
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Escritora Errante
FanficEm que momento o amor nos aparece? Em que momento ele bate em nossa porta? Ele bate na porta? Não, ele não bate na porta. Ele tem poder o suficiente para que ele entre, bem debaixo de nossos narizes, no momento em que menos esperamos. clichê? O que...