Capítulo 5

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"Fascínio, fora uma palavra sempre citada quando o nome é Carmen. De curiosidade imensa e fascínio gigantesco, Carmen se fascinava por aquilo que ninguém se importava, aquilo que passava despercebido por outros olhos, não para ela, no entanto.

Sua mãe sempre disse-lhe, teu mal é curiosidade, errado. Teu mal é ir atrás da curiosidade, ela vai até o fim pelo que quer. Sua mente decidida não se deixa levar por palavras de terceiros, Carmen pensa aquilo que vê, não aquilo que falam.

Sua curiosidade é como fogo, que vem de fininho, quando se vê se transforma em caos, mas caos definitivamente é a palavra de Carmen.

Ela sabia que o fogo fora aceso, e como boa obediente esperava ele queimá-la por inteiro. "

Meu corpo já completamente suado dava indicies de cansaço, meus olhos vagavam distraidamente por cada pessoa que naquela rua passava. Fazia um lindo dia em New York e eu aproveitei para da uma corrida pelos quarteirões perto do meu apartamento.

As ruas estavam pouco movimentadas nessa manhã de segunda-feira, por ser um dia de semana, onde a maioria trabalha neste horário, que é mais frequentado por pessoas com seus cachorros.

Daqui a uma hora será o segundo dia de gravações de Escritora Errante, e eu estou deverás ansiosa, o trabalho está ficando espetacular de se ver. Simon comentou que depois de ter anunciado o trabalho que estamos fazendo algumas televisões iriam alguns dias lá para comentar e falar como o trabalho todo ocorrerá, o que me deixou ainda mais empolgada.

Não é que eu sempre queira sair em alguma capa de revista ou entrevista, eu apenas sempre sonhei em ser reconhecida em todo o mundo, e ser escritora, trabalhar com o que eu amo, é ainda mais prazeroso, eu realmente às vezes penso que vivo em um sonho, sou muito grata por tudo o que conquistei.

Senti meu celular vibrar no meu bracelete e o som de James Arthur se fazer presente em meus fones de ouvido, interrompendo a música que tocava outrora, retirei meu celular do bracelete e levei ao meu ouvido direito, sem parar minha corrida.

-Lauren? - a voz de Normani se fez presente do outro lado da linha.

-oi Mani. - minha voz saiu um pouco ofegante devido a corrida rápida.

-to atrapalhando alguma coisa aí? -seu tom de voz desconfiado me fez soltar uma breve risada enquanto atravessava uma rua.

-não Mani, estou dando uma corrida antes das gravações. - cumprimentei uma senhora que passava tranquilamente pela rua.

-oh, é mesmo, hoje tem gravação. Vim te chamar para um café, mas já percebi que está sem tempo. - comentou brevemente.

-sim, desculpe Mani, podemos marcar aman...

Um ofego surpreso escapou de meus lábios quando esbarrei na coleira de um cachorro, meu corpo se impulsionou para frente com força, me fazendo colidir com o chão. Minha mão que segurava o celular foi rapidamente ao chão para conter a queda, soltei um grito agudo de dor quando a mesma doeu pela força usada, passei meus olhos pelo local tentando entender o que aconteceu.

-oh meu deus, me desculpe! - uma voz feminina se sobressaiu aparentando total culpa.

Me sentei no chão observando meu celular um pouco longe da onde eu estava, levantei meus olhos me deparando com a garota que falara comigo, era loira dos olhos azuis, suas roupas casuais e não atléticas como as minhas, ela puxava a coleira com seu cachorro Doberman em seu encalço enquanto me olhava de modo preocupado.

-não tem problema, eu estava distraída. - minha voz saiu mais rouca que o normal. Passei a mão em meu pulso direito, o sentindo dolorido e inchado.

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