Capítulo 9

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"Anda tristonha e desanimada por esses dias, embora arrancando sorrisos de todos, como sempre. Porque toda e qualquer felicidade que ela tem é de fazer as pessoas felizes, e de não a preocupar com suas "frescuras".

Pobre Carmen, que de pensamento chulo se convence, se engana e está tudo bem. Carmen está se afundando, está se deixando cair.

Mas por que ninguém nota? Por que ninguém percebe seus olhos caídos e olheiras de uma semana? Por que ninguém repara que faz algum tempo que ela foi feliz? Por que ninguém observa suas feridas abertas? Por que?

Seu sofrimento me arde, me rasga a pele como uma tatuagem. Você é minha tatuagem. Que hoje em dia não dói mais, mas está aqui para lembrar toda dor que sofri."

Narrador P.O.V

Olá caros leitores. Peço a estas personagens que me deem a chance de descrevê-las com extrema paixão, peço para que me deixem descobrir-nas assim como meus queridos leitores. E peço a vós, para que me deixem por um mísero capítulo; ou talvez mais. Tentar ser uma narradora tão boa quanto Lucy, que descreve Carmen com paixão ardente.

Agora devidamente apresentados; e com minhas intenções claras. Podemos desvendar metade do que é Lauren Jauregui.

Lauren me é de uma importância tão avassaladora que me faz respeitá-la como uma personagem deve ser respeitada. Lauren me observava atenta enquanto eu desvendava as fases da vida, e eu a ignorava tão repugnantemente que era como se não existisse.

Talvez por medo, ou timidez de mostrar-lhes a história desta moça, mas como eu poderia. Como eu poderia ignorar toda sua intensidade, cumplicidade, lealdade e maturidade? Eu não poderia. Vocês, leitores, não poderiam, por isso estão aqui. Por isso estamos todos aqui, rendados a esta mulher simples, que apenas quer mostrar toda sua arte.

Lauren me deixa gritando por todos os cantos, como em uma loucura eterna. Me deixa querendo aumentar a voz, e lhes gritar a história desta mulher, mas me conterei, saberão no momento certo.

Não pensem nem por um segundo que estou dizendo que ela é apenas uma personagem, não, ela é tão real quanto a história passada neste livro. Lauren é varias historias, varias poesias, variados pensamentos e variadas canções. Talvez ela conte a minha história, talvez conte a sua.

Não me cabe ter a responsabilidade emocional de ser a narradora de uma história igual a sua, mas me cabe e cabe bem, a responsabilidade de fazer-te sentir-se acolhido aqui. Se a história for a sua, me desculpe por todas as sinceras palavras que aqui deixo.

Eu não sou mais uma personagem deste livro, sou apenas uma pessoa medíocre com uma vida infeliz que achou um bom passatempo a arte de escrever.

Eu não inventei essa história, ela que me escolheu para dar-lhe sua existência, não posso sequer imaginar o por que.

O fato é que Lauren me faz querer escrevê-la, me faz querer descobrir todas suas manias, os seus gostos, e o que geralmente bebe além de chá.

Lauren é extravagância, é gritaria, é caos. Mas hoje Lauren está em silêncio, um silêncio que faz barulho, tanto barulho, que está com medo do vizinho reclamar.

Eu estou imune a esta mulher, ela é minha cryptonita. Me sinto na obrigação de escrevê-la. Para isso, sinto que devo conhecer mais a vida, que me deixe levar, conhecer novas pessoas, abraçar mais minha família, e dar valor, a cada pessoa que me tira um sorriso. Para escrevê-la, eu preciso ser-la.

Isso é difícil demais, Lauren é uma mulher intrigante demais, seus pensamentos são instigantes demais. Tudo em Lauren é a mais, nada de menos.

Escritora Errante Onde histórias criam vida. Descubra agora