O amor é como o fogo de uma vela. Precisa ser aceso para acontecer.
Ao mesmo tempo em que pode iluminar uma sala qualquer, pode queimá-la com tudo o que está dentro dela. Destrói. Porém, (tenho certeza que foram os românticos que inventaram esta maldita palavra!), se essa sala estiver fenecendo em escuridão, uma única vela é suficiente para nos guiar neste percurso inconcebível, deixando claro o que antes fora escuro.
Apesar de tudo, jamais me interessarei como estas vela foram acesas, ou quanto tempo o pavio delas irão durar. Apenas a audácia de acender, o aquecimento, parecem-me ser bons motivos para sorrir novamente!Mas, como tudo o que é visível acaba, a vela é cada vez mais consumida, e quando se apaga de tempos em tempos, a escuridão não se faz tão distante, o frio retorna de forma avassaladora, deixando muitas sequelas.
Como as velas serão apagadas? Um sopro? Uma gota d'água?
O amor é tão frágil... Tão frágil ao ponto de você nem poder colocar um copo em sua vela para protegê-la! Tão frágil como a sua própria ciência.
Isto é revoltante! Onde estão meus fósforos? Eu enlouqueci?
Minhas velas! Estão derretendo nas mãos que a seguram. Minhas mãos! Sou eu que as seguro! Seguro e as carrego por este corredor que caminho nua, nua e crua.
E ainda assim, tão frágil como o próprio amor, tão frágil como a própria nudez, estarei no fim do mundo, mas te pedirei uma caixa de fósforos, te suplicarei desesperadamente: "Incendeia-me!"