Duas aranhas no teto

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Próximo ao fim de um tempo
Eu recostei a minha cabeça para trás
A fim de descansar o meu pescoço
Que insistia em ficar dolorido
Meus olhos encontraram o teto
Que encontraram duas aranhas
Tecendo juntas a teia do destino
Despreocupadas com o que vem depois do concreto

O que será que há?
O que será que é?

Eu fui enganada, existem mundos
Para além dos tempos
As aranhas me contaram, eu sou a cobaia do experimento!
Entrem em meus ouvidos
Invadam minhas células
Revelem-me o resto dos segredos
Que se escondem mudos atrás do teto.

Aranhas! Por que tão peçonhentas?

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