Capítulo 37

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AZUL
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"- Vovó, o que eles estão fazendo? -perguntei olhando o casal na TV.

- Eles vão se beijar, minha querida.

- Se beijar? Por quê?

- Porque eles se amam, e o beijo é uma forma de demonstrar isso. -falou Dona Bina naturalmente, acariciando meus cabelos enquanto assistíamos a novela.

- Mas a senhora havia me dito que a melhor forma de demonstrar sentimento é trepando.

Minha vó riu.

- É filha, essa é mesmo a melhor forma. Mas, Charlie, ouça sua velha avó. -ergui meus olhos para vê-la falar. - Você ainda é nova, eu falo essas coisas porque são naturais de acontecer, você não precisa estar em um relacionamento para trepar. Porém, um dia você vai encontrar um homem que te faça sentir prazer maior do que esse, e o nome é amor, e desse amor são gerados os frutos da relação, os filhos, e você vai sentir uma explosão de sentimentos que não vai conseguir decifrar. E quando isso acontecer, eu vou estar bem do seu lado meu anjo, segurando sua mão. -me olhou com ternura.

- É mesmo vovó?

Sorriu.

- Sim meu amor, pode ter certeza disso."

A cena de minha avó veio em minha mente enquanto eu estava paralisada dentro do carro. Algumas lágrimas escorriam de meus olhos.

Ela estava ali.

Dona Bina estava ali.

Senti Suzan secar uma lágrima que acabara de cair.

Suzan.

Uma amiga que chegou de repente, como quem não queria nada, e se tornou uma grande amiga, daquelas de você chamar de irmã. Eu estava tão feliz por tê-la conhecido, por tê-la por perto. A olhei com carinho e sorri, que retribuiu o sorriso rapidamente.

- Se ficar chorando assim vai me fazer chorar também. -riu, derramando algumas lágrimas.

Ri com ela.

- Eu não tenho como te agradecer Su, sério, muito obrigada.

- Ei, eu que agradeço. Não poderia querer irmã melhor. -sorriu. -E então, está pronta?

Respirei fundo, olhando a clínica à minha frente.

- Estou, estou pronta.

Suzan apertou minha mão e enfim descemos.

Andamos até a clínica e logo fiz meu cadastro, sendo atendida em seguida. Tive que citar o nome de Jason, pois queria o resultado imediato, e a clínica pertencia a empresa, para cuidar dos funcionários.

Eu só esperava não encontrar nenhum engraçadinho/a que contasse a Jason que estive aqui fazendo um teste de gravidez.

Respirei fundo e fechei os olhos quando senti a agulha perfurando minha pele. O resultado sairia imediatamente, para o meu alívio.

- Eu já volto com o resultado. -sorriu a simpática funcionária.

Retribuí o sorriso, soltando o ar que eu nem sabia que estava prendendo.

- E aí, o que espera ser, menino ou menina? -Suzan sorriu animada.

Sorri imaginando.

- Hum, eu sempre sonhei em ter um menininho, mas se vier menina vai ser bem vinda também.

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