Capítulo 7 - Conhecendo os Müller

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Henry finalmente avistou a elegante família Müller. Não tardou a se dirigir aos seus mais ilustres e chamativos (apesar de discretos) convidados.

- Olá, Sr. e Sra. Müller. - Um aperto de mão para cada um. - E Sua Alteza Real, príncipe Noah. - Disse Henry, fazendo uma pequena reverência.

Todos riram e aquele foi o "quebra-gelo" perfeito.

- Nunca vou entender, de fato, o porquê desse apelido. - Falou o pequeno príncipe.

É claro que após esse comentário, Noah fez questão de estender sua mão e dizer que era um grande prazer conhecê-lo, além de prestar condolências pelos seus falecidos pais, assim como Elizabeth e Marcal fizeram.

Logo após isso, o casal foi em busca de pessoas que conheciam para um bom papo sobre negócios ou algo descontraído. Claro que aquele era um plano da Sra. Müller para deixar que Noah fizesse um novo amigo.

Apesar de não demonstrar, o jovem bilionário Milles ficou impressionado pela beleza da família. Pode não parecer, mas dinheiro não significa beleza. Ele pode comprar algumas cirurgias e tratamentos de pele, mas não olhos castanhos lindos e profundos como o daquela família, pensou Henry. Claro que quem mais surpreendia era o pequeno príncipe, que de pequeno não tinha nada. Afinal, pensara ele que Noah tivesse no máximo 12 anos e para sua surpresa, se tratava de um moço. Que além de lindo, era realmente um príncipe quando se tratava de etiqueta.

Enquanto isso, do outro lado, Noah pensava em como Milles era descontraído para alguém de sua idade. Além de claro, possuir olhos azuis que faziam dele, provavelmente, um dos 100 homens mais lindos do planeta. Certamente ele procuraria isso em algum site, no mais tardar. A beleza de Henry certamente era algo excepcional, porque até mesmo Noah notava em alguns momentos que o olhava demais. Que coisa, não? Isso não era algo que acontecia com o nosso príncipe.

- E então, príncipe, a que devo a honra da sua ilustre presença em meu evento? - Henry falava e alguns segundos depois se arrependia, pois achava que tinha soado bobalhão demais, ao mesmo tempo em que não queria parecer que estava tratando o apelido de Noah como uma piada. Ficou um pouco mais tranquilo quando este deu um sorriso descontraído.

- Ah, preciso saber se está tudo em ordem pelo reino. Não é qualquer membro da nobreza que possui lucro suficiente para arcar com eventos desse porte. Aliás, como posso ter certeza de que não está desviando dinheiro do povo? - Os dois pareciam bobos até demais para pessoas que haviam acabado de se conhecer. Henry não pôde deixar de sentir impressionado pelo modo carismático com que o outro se comportava.

- Brincadeiras à parte, querido príncipe, - droga, ele já estava o chamando de príncipe sem perceber - se quiser se juntar à juventude do evento, estão todos logo ali. Sem preconceito com os mais velhos, mas a gente sabe que eles não gostam muito de falar sobre seguidores, fama e fofoqueiros de plantão da internet. - Henry apontou em direção ao seu grupo de amigos, imaginando que o príncipe logo ficaria entediado ao redor dos mais velhos.

- Ah, acho que irei me juntar com os mais velhos então. - Henry riu do comentário, ao mesmo tempo em que ficou impressionado.

- Não gosta dos assuntos em pauta? - Perguntou curioso.

- Não sou um grande amante dos holofotes.

- Bem, você pode me acompanhar, então? Ainda tenho convidados para receber. Enquanto isso, podemos ir falando sobre o que interessa você.

E lá foram eles. Recém tinham se conhecido, mas os dois já sentiam certo afeto um pelo outro. Talvez porque os dois tinham muita grana e se identificavam um com outro? Não, claro que não. Não há um motivo em específico, mas só se pode dizer que a companhia agradava um ao outro.

(IM)PERFEITO - Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora