15 - Presente de Casamento

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— Mariah não podia ter feito isso! — Jo exclamou uma hora mais tarde. Atrás dela, os convidados espalhavam-se pelo jardim, con­versando e comentando a bonita cerimônia.

— Ter feito o quê? — Éden perguntou, enquanto examinava as bandejas vazias, mais preocupada com a possibilidade de não ter preparado sanduíches suficientes.

— Ela desapareceu! E na festa do próprio casamento!

— Ela foi lá em cima trocar de roupa — Tess explicou, recolhendo copos vazios.

— E precisa de meia hora para trocar de roupa?

— Talvez, se o marido estiver ajudando... — Éden insinuou, sorrindo.

— Foi um casamento bonito, não? Mariah estava tão linda! — Jo comentou, com a concordância das irmãs. — Ela e Ford formam um casal perfeito... se aceitarmos a teoria de que opos­tos se atraem. Se bem que... pensando bem, Ford tem muito de rebelde. É, talvez os dois sejam mais parecidos do que imaginei.

— Jo Calloway, não me diga que por trás dessa aparência durona esconde-se um coração romântico! — Éden a provocou.

— Acho romances maravilhosos. Só que, com meu ritmo de trabalho, não tenho tempo para isso. Prefiro deixar essa parte para você e Te... — Jo hesitou, notando que Tess parecia um pouco melancólica com aquele assunto de homens e ro­mance.

Éden também notara a expressão tristonha da irmã. Colocou o braço sobre os ombros dela e conduziu-a em direção à co­zinha.

— Venha. Precisamos de mais sanduíches.

Jo as seguiu, ainda repreendendo-se pela falta de tato.

— Pode-se fazer sanduíches deliciosos com pão integral e cenoura picada, Éden. Você deveria experimentar.

No quarto, Ford e Mariah saboreavam outro tipo de delícia. Pela décima vez, ou talvez mais, suas bocas se exploravam, como se as possibilidades de descobertas jamais se esgotassem. Ford gemeu e apoiou-se à porta, procurando controlar-se.

— Pensei que tivesse me chamado aqui para ajudá-la a tirar o vestido. — A tiara e o tecido transparente do véu estavam jogados no chão. Ansioso para tocar-lhe os cabelos, Ford os havia liberado dos adornos assim que entraram no quarto. Pa­recia fazer poucos minutos, mas já se aproximava de meia hora.

— Na verdade, eu o trouxe aqui para seduzi-lo — Mariah sussurrou, com o rosto radiante de amor.

— Pois está fazendo um ótimo trabalho — ele garantiu.

— Será mesmo? — As mãos dela desceram à frente dilatada da calça de Ford. Ele as segurou no momento em que amea­çavam abrir o zíper.

— Se fizer isso mais uma vez, vamos ter nossa lua-de-mel aqui mesmo.

— Você quer? — ela provocou, sedutora.

— Aqui? Agora? Com os convidados lá embaixo?

— Sim — ela murmurou, roçando seu nariz no dele.

— Você quer?

— O que acha?

— Não sei. E você?

Mariah riu da tola indecisão, antes de começar a pensar a sério na proposta que fizera. Queria mesmo consumar o ca­samento ali, no rápido calor de uma paixão?

— Você quer? — perguntou de novo, mas dessa vez com seriedade.

Ford pensou um pouco e sacudiu a cabeça.

MARIAH - Quatro Destinos 1Onde histórias criam vida. Descubra agora