Capítulo 9

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Assim que Camila lhe serviu uma xícara de chá, Lauren aproximou o recipiente dos lábios, no entanto, um ataque de náusea a atingiu em cheio quando o aroma dos ovos mexidos que Normani acabara de colocar na mesa para Camila, alcançou seu nariz. Largando a xícara e sobressaltando-se da cadeira, ela cobriu a boca com a mão e se retirou correndo.

— Lauren, o que houve? — levantando-se no mesmo instante, Camila seguiu ao seu encontro, deparando-se com ela curvada sobre o lavatório. — Meu amor, você está bem?

— Sim... — ela murmurou.

— Quer ir se deitar um pouco? Pedirei a Normani que leve o seu café da manhã para o quarto.

— Não, Camila. Não consigo comer nada agora.

— Lairen, você precisa se alimentar.

— Prometo que depois eu como alguma coisa...

— Está bem. Acompanho-te até o quarto.

Depois de ajudá-la a se deitar confortavelmente na cama, Camila lhe tomou o rosto entre as mãos e pressionou os lábios contra os dela.

— Vou resolver algumas coisas, mas não demoro.

— Não se preocupe, meu amor. Eu estou bem.

Assentindo, Camila se virou e deixou o quarto.

— Mani, pode retirar a mesa. Estarei nos estábulos...

Ajustando a bandeja embaixo do braço, Normani recolheu o que havia de comida e bebida na mesa e levou até a cozinha. Depositando a bandeja na pia, ela fez menção de se retirar, entretanto, recuou quando Aistin apareceu.

— O que é que você está fazendo aqui, Autin? Você sabe que a patroa não gosta que os peões entrem na casa grande — disse ela.

— Ariana tinha razão. Você está toda assanhada porque virou a queridinha da senhora, não é? — ele falou, alcançando a xícara de chá e sorvendo um longo gole. — Mas eu vou te avisar uma coisa...tenha muito cuidado com...

Com os olhos arregalados e a boca aberta, ele largou a xícara no chão e levou a mão ao próprio pescoço. Lutando para que o ar chegasse aos seus pulmões, Autin caiu de joelhos sob o olhar espantado de Normani.

— Autin, o que você tem? Isso não tem graça... — ela falou, imaginando se tratar de uma brincadeira de muito mau gosto. No entanto, tal ideia evaporou de sua cabeça ao notar uma linha fina de sangue descendo nariz abaixo.

Apavorada, Normani saiu correndo em busca de ajuda, mas quando Camila chegou ao lado de Dinah e outros peões, o capataz já estava morto.

— O que está acontecendo? — indagou Lauren, aproximando-se depois de perceber a movimentação. — Oh, meu Deus! — ela exclamou, virando o rosto, chocada.

— Querida, vá para o seu quarto — disse Camila, conduzindo-a para fora do cômodo.

— Meu Deus, Camila! Ele está morto?

— Parece que sim...agora volte para o quarto. Você está muito nervosa e isso não fará bem ao bebê — ela falou, enquanto vasculhava o ambiente com o olhar. — Bárbara, acompanhe a sua senhora até o quarto e fique lá com ela, por favor.

— Pois não, patroa.

Enquanto esperavam a chegada de Gold, Edward retirou o corpo do capataz da cozinha com a ajuda de outros peões.

— Digamos que esse tipo de morte súbita geralmente é provocada por infarto ou envenenamento — dizia Gold, enquanto fazia algumas anotações.

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