Capítulo 15

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A realidade do que havia acontecido, o fato imutável de que nunca mais veria a mãe, atingiu Lauren em cheio. Enquanto Chris cumpria os procedimentos para que o enterro fosse realizado, ela retornou para a fazenda, abatida e arrasada.

— Perdoe o meu irmão, Camila. Ele está destruído com a morte de mamãe — disse ela, ainda chorando. — E se eu te pedi para nos deixar sozinhos, foi somente para não piorar uma situação que já estava ruim.

— Tudo bem, meu amor. Eu entendo — disse ela, envolvendo-a com seus braços. — Quando será o enterro?

— Amanhã de manhã.

— Diga ao seu irmão que não se preocupe com os gastos do funeral.

— Obrigada, meu amor. Onde está meu filho?

— Está passeando com Normani. Pedirei a Lucy que prepare o seu banho, está bem?

Assentindo, Lauren a beijou suavemente e em seguida se dirigiu ao quarto. Depois de falar com Lucy, Camila foi ao encontro de Dinah conferir os valores para acertar a venda de algumas cabeças de gado.

— Sinto muito pelo que aconteceu com a mãe de Lauren — disse Dinah, caminhando pelo pasto com Camila. — Mas acho um absurdo que o irmão dela tenha te culpado por essa fatalidade. Essa família te deve até o último fio de cabelo e ainda se acham no direito de...

— Não quero falar disso, Dinah — Camila a interrompeu. — Chris é um idiota, mas eu compreendo a dor dele.

— Confesso que eu não conhecia essa sua paciência. Você mudou muito depois que se envolveu com Lauren.

Olhando para a amiga de cara feia, Camila não disse mais nada e depois de assinar alguns papéis, voltou para a casa grande. Lauren já havia tomado banho, estava com Mike em seus braços e recusou o jantar que dentro de uma hora seria servido. Camila permaneceu todo o tempo ao lado dela, e na manhã seguinte, saíram bem cedo porque o enterro aconteceria às oito em ponto.

Alguns militares compareceram em consideração ao falecido general. Ally e seu marido, além de poucos amigos de Chris também estavam presentes.

Olhando o caixão da mãe ser baixado na cova, Lauren sentiu como se o ar estivesse sendo arrancado dos seus pulmões. A dor que sentia pela morte dela pairava como uma tempestade, trazendo uma nuvem escura de tristeza. Tentando escapar do desespero que tomava conta dela, Lauren se aproximou de Chris e o abraçou. Minutos depois, quando a cova foi fechada e as pessoas presentes foram embora, Lauren se aproximou de Camila com o irmão.

— Camila, eu queria me desculpar pelo meu comportamento no hospital — disse Chris. — Eu estava nervoso e...

— Eu entendo, Chris. Não se preocupe — ela o interrompeu.

— Bom, eu já vou, Lauren... — ele falou, e ao fazer menção de se afastar, ela o deteve.

— Espere, Chris — Lauren falou, segurando-o pela mão. — Camila, você se importaria se o meu irmão passasse algum tempo conosco na fazenda?

— Se ele quiser ir, por mim não tem problema — ela disse, embora a ideia não fosse nem um pouco do seu agrado.

— Venha conosco, Chris. Só restamos nós dois, então vamos esquecer as nossas diferenças, o passado e conviver em paz.

— Está bem — disse ele. — Vou arrumar as minhas malas e nos encontramos mais tarde.

[...]

Alguns dias depois...

Chegando por trás de Lauren, Camila enlaçou sua cintura e afundou o rosto na curva do seu pescoço. Se sentia muito feliz com o caminho que elas estavam percorrendo, ainda que alguns contratempos envolvendo Chris e suas dívidas de jogos aborrecessem Camila. Girando-se para encará-la, Lauren ergueu uma sobrancelha numa expressão sedutora e em seguida pressionou seus lábios contra os dela.

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