Millie
Sadie parou o carro e saímos rápido, e Finn me ajudando por causa da minha perna. Ele passou o meu braço pelo ombro dele e foi me ajudando a caminhar. Nesse momento, apareceram um Gaten e um Jacob assustados.
- Millie o quê... - Gaten começou.
- Millie, você tá bem? O quê que aconteceu? - Jacob se aproximou mais.
- Jacob, eu preciso da sua ajuda! - ignorei as perguntas. - Você sabe fazer curativos não sabe? Sabe costurar? - ele arregalou os olhos e Finn também. Não deixei ele responder. - Ótimo, vamos sair daqui, porque é urgente!
- Mas o que...
- Ela levou um tiro, não dá pra ver? - Finn apontou meu joelho, enquanto íamos para a minha cabana.
- E quem é você? - Jacob perguntou quando entramos e eu me joguei numa cadeira.
- Dá pra calar a boca e se concentrar? - falei para os dois. Expliquei pra Jacob onde tinha agulha e depois de pegar tudo, ele se ajoelhou na minha frente.
- Mas... isso é uma agulha de costura, não é? - Finn perguntou.
- Sim, mas aqui não tem coisas profissionais, sabe... - falei.
- Caramba... - Jacob disse. - É muito sangue né? Pois é...
- Ah, qual é! Você já fez outros curativos antes. - falei.
- Mas não tinham tanto sangue... como é que você fez isso hein? - perguntou.
- É uma longa história. Mas se concentra Jacob, por favor. - olhei nos olhos dele e ele assentiu. Tirou a bandana, pegou a linha, passou na agulha com muito esforço, e na hora que ela entrou em contato com a minha pele, eu procurei a mão de Finn que estava do meu lado e a segurei com força. Aparentemente, tinha sido de raspão, porque não havia bala ali, mas doía muito viu...
Ele pegou um pano e limpou em volta, e voltou a costurar. Era estranho pensar que naquele momento, alguém estava me costurando com uma agulha normal. É como se eu fosse um tecido. Viu, dá pra enganar a dor se você se distrair. Abaixei o olhar para Finn. Ele estava sentado no chão ao meu lado, observando tudo e parecia meio preocupado... e ainda por cima segurava a minha mão. Será que ele se importava mesmo? Eu conheci ele não faz nem três dias... E por que eu me importo com isso? Gente, o que tá acontecendo comigo?
Lembrei que Jacob ainda estava fazendo uma mini sirurgia e lembrei da dor que eu estava sentindo. Apertei ainda mais a mão de Finn e ele olhou pra mim, retribuindo o toque.
- Você tá bem? - ele sussurrou. Só assenti com um pequeno sorriso. Depois de alguns minutinhos doídos, Jacob terminou, e suspirou.
- Tá doendo muito? - ele perguntou preocupado.
- Não mais. Muito obrigada, Jacob, você foi incrível. - e apertei a mão cheia de sangue dele, e ele sorriu como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo.
- Bom, então eu vou lavar a minha mão e... bom, depois volto aqui. - ele falou e deu uma encarada em Finn, antes de sair.
- É impressão minha ou... rolou algo aqui? - Finn falou e olhei pra ele rindo.
- Não, não rolou não. Ele é um amigo meu. Nossa, eu cheguei aqui e nem me toquei, eu nem apresentei vocês né? - mas Finn ergueu uma sobrancelha com um olhar tipo "não precisa, tô bem assim."
- Mas você tinha que ver o jeito que ele olhou pra você... - Finn insistiu.
- Olha, eu queria muito dizer que você está com ciúme, mas não tenho certeza. - eu ri e fiz força pra levantar. Ele não falou nada e decidiu desviar o assunto.
- Então... essa é a colônia? E essa é a sua casa? Ou cabana, como você disse.
- É, eu chamo ela de casa, cabana, tenda... é tudo a mesma coisa. - até porque, se for analisar, são só paredes de madeira e algumas coisas velhas, mas é onde eu moro. - Eu sei, é muito diferente do lugar onde você vive.
- O quê? Eu adorei! - ele falou. - Pode ser simples, mas é muito legal. Até porque, você está cercada de amigos e pessoas que te amam... - ele disse e ficou me encarando. - E você é livre também. Eu só tenho que ficar atrás de uma mesa o dia inteiro, todos os dias. Já era hora de sair de lá.
- Bem, você saiu. - dei um sorriso fraco.
- É, e não pretendo voltar. Sei que tem gente querida lá mas... - ele suspirou e deu de ombros, encerrando o assunto. Nesse momento, Sadie entrou.
- Olá amigos... - ela falou em tom sugestivo, com um sorrisinho no rosto. - Então... - ela começou um assunto, olhando pra Finn. - Você é o Finn né? Você é daqueles laboratórios, por acaso?
- É... - ele encolheu os ombros. Sadie se aproximou de mim, pegou meu braço e me puxou para um canto.
- Ele é mesmo confiável? - ela falou de modo que só eu ouvisse.
- Sim. Bem... ele fez algo que não foi legal, mas eu também errei. Enfim, foi ele quem me ajudou a sair de lá. Fica tranquila. - dei um sorriso de segurança. Ela olhou para ele com um olhar avaliativo e depois olhou pra mim.
- Vem cá, tá rolando algo entre vocês? - ela perguntou como quem não quer nada.
- O quê? Não! Como é que... Por que você pensa isso? - me defendi.
- Sei lá, olha o jeito que ele olha pra você... e você pra ele.
- Que mané "olha" quê? Eu hein menina, ficou doida? Eu não gosto dele. - falei.
- Ué, eu não falei que você gosta, mas se a carapuça serviu... - ela falou com um sorrisinho e me deixou ali parada pensando naquilo. Droga, isso faz sentido.
Finn
As meninas saíram do canto em que cochichavam e viraram para mim de novo. Millie parecia meio incomodada e Sadie parecia de divertir com isso. Garotas...
Mas esse clima se quebrou quando alguém, lá fora, deu um grito alto e longo, seguido de vários outros de pânico. Millie e Sadie se entreolharam assustadas e na mesma hora:
- Ataque. - elas disseram em uníssono e foram correndo pra fora. - Vem Finn! - Millie me chamou.
Corri atrás delas e quando saímos, haviam várias pessoas correndo de um lado para outro, gritando e assustadas. Junto também haviam infectados, que atacavam e eram atacados.
- FINN! - ouvi Millie gritar pra mim e me jogar um bastão de baseball. Um bastão de baseball?
- Um bastão? Sério isso? - perguntei e ela deu um sorrisinho, que logo se desfez quando arregalou os olhos e apontou para atrás de mim. Quando me virei e vi um infectado correndo na minha direção, a única coisa que fiz foi juntar toda a minha força e acerta-lo na cabeça.
- Bela jogada! - Millie gritou e rindo e saiu correndo. O infectadi caiu no chão e quando olhei de volta pra Millie, ela já ido pra outro canto ajudar outra pessoa.
Voltei meu olhar para o infectado no chão e percebi como a realidade é outra por aqui. Eu já tinha visto infectados antes mas não assim, rebeldes. Os que estão nos laboratórios são controlados e tem uma aparência diferente. Esses aqui não. São mais pálidos, com os olhos mais vermelhos e irritados, a boca suja de sangue (ou sei lá o que é aquilo), as veias são visíveis na pele e eles correm de um jeito desengonçado, como um verdadeiro morto-vivo. Foi estranho, mas também foi um choque de realidade. A realidade caótica que muito vivem. Saí de perto daquela coisa e fui ajudar Caleb, que estava em outro canto.
***
Queria mostrar p vcs como eu vejo a aparência dos infectados, ent escrevi ali. E n coloquei música pq n achei nenhuma heheMi discurpa a demora p postar, mas a minha criatividade p fillie tá mais baixa q o noah (levem na zoeira viu huehue)
Até o prox cap💜
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Be Together · Fillie
ФанфикNum mundo apocalíptico, existe um vírus que transforma pessoas em seres irracionais, trazendo destruição e dor. Há pessoas que vivem para fugir desse vírus; há pessoas que vivem para achar a cura dele. A questão é: se o destino de duas pessoas dife...