Chapter 11 | Don't give up

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Às vezes sinto vontade de desistir, mas eu não posso. Não está no meu sangue.
(In my blood - Shawn Mendes)

Millie

Estava tudo escuro e eu abri os olhos. Acordei em uma sala branca e estava deitada num leito, com tubos de soro (ou sei lá que substância era aquela) ligados ao meu braço. Eu não conseguia me mover e tentei inclinar um pouco a cabeça para cima com intenção de ver melhor o ambiente, mas meu pescoço doía de mais, e eu nem lembrava o porquê.

A porta (também branca, como tudo aqui nesse inferno) se abriu e um homem alto adentrou o lugar. Ele veio se aproximando e quando chegou ao meu lado, se abaixou.

- E então, como está se sentindo? - o cara me perguntou.

- O quê... o que tá acontecendo? Quem é você?

- Ah, você não deve se lembra de nada não é? Tudo bem, acho que posso refrescar sua memória. Eu sou Richard Heir. - ele falou - Lembrou?

Minha cabeça começou a doer e do nada, um flash veio na minha mente.

Depois que me separaram de Finn e Sadie, me trouxeram para uma sala branca, isolada. Depois de alguns minutos sozinha, o cara que estava no avião entrou na sala.

- Olá. - ele falou na maior tranquilidade. - Acho que você não me conhece. Permita eu me apresentar, Richard Heir. - só fiquei encarando ele. - Enfim, como você deve estar confusa e com raiva, vou direto ao ponto. Você é a Millie, não é?

- Te interessa?

- Muito. - ele respondeu. - Você é uma menina bem diferente né Millie? Forte, saudável, sem nenhum arranhão... ou devo reformular essa frase?

- O quê? - gente, que cara doido.

- Você tem um arranhão na perna direita não é? Feito por um infectado? Há três anos? - ele foi falando e eu comecei a desconfiar. Como ele sabia de tudo isso? - É, eu sei que tem. Mas então, como você não foi infectada? Aliás, por que você não foi infectada?

Fiquei em silêncio e dei um passo para trás. Isso está muito estranho.

- Como você sabe de tudo isso? - foi o que falei.

- Ah Millie, não deve ser tão difícil de entender. Esse anel é bonito né? - ele apontou para o meu inseparável anel e ficou analisando-o - Eu dei a ela.

Encarei ele e arqueei uma sombrancelha. Ele deu esse anel a quem...?

- Sim, Millie, eu dei esse anel a sua mãe e ela deu a você dias antes de morrer. Fico feliz em saber que ainda o tem.

- Do que você está falando? - falei entre dentes, já com raiva de qualquer outra coisa que ele dissesse.

- Da morte da sua mãe, Millie. - ele simplesmente respondeu. - Eu sempre gostei de fazer experimentos, sabe? Um dia, comecei um projeto que iria acabar com toda e qualquer doença. - ele saiu de perto da porta e se sentou num banquinho. - Era uma fórmula complicada. Mas, por causa de um descuido meu, eu me cortei com uma lâmina e meu sangue caiu no frasco. - ele suspirou - Mas nem tudo estava acabado. Pelo menos, não que eu soubesse. Eu fiquei com tanto ódio de perder o meu trabalho de meses e comecei a jogar tudo o que eu tinha dentro do vidro.

Fiquei olhando para ele com dúvida. Ele sabe como a minha mãe morreu? E onde estão Finn e Sadie?

- Eu pensei que era o fim de tudo. - ele continuou - Ainda no meu sentimento de ódio profundo, eu peguei o frasco com todas aquelas misturas e joguei na primeira coisa que vi pela frente. Quando a sua mãe foi limpar a bagunça que eu fiz, se cortou com um pedaço do vidro e entrou em contato com o líquido. Somos bastante desastrados, não? - ele deu uma risadinha. - E então, aconteceu. É... sua mãe foi a primeira infectada. Isso aconteceu porque todas aquelas misturas, aquela substância dentro daquele frasco era o vírus. Eu criei o vírus. Você só é imune a ele porque tem o meu sangue.

Fiquei olhando para ele incrédula, perplexa, parada, sem ação, sem nada. Então, eu...

- Sim Millie, você é minha filha.

Finn

Noah foi na nossa frente, nos guiando pelos corredores.

- Nós só precisamos ir mais rápido. - ele nos alertou. - Vocês não sabem o que está prestes a acontecer.

Logo, eu, Sadie e Iris paramos e Noah se virou para nós.

- Como assim? - perguntei aflito.

- Eles estão evacuando essa parte do laboratório. Querem atrair o máximo de infectados possível para cá, tudo a mando do Heir. Ele acha que a Millie tem a cura para tudo isso.

- É por isso que temos que nos apressar, porque ela realmente tem a cura. - Sadie falou.

- Sim, e para achar um antídoto para isso, precisam do sangue dela. - Noah concluiu.

- Então você quer dizer - comecei devagar - que vão matar ela?

- Exato. Por isso temos que sair desse prédio, que daqui a pouco vai estar infestado de infectados, e achar ela. - Noah falou apressado.

- Espera, precisamos de um plano. - Iris falou - As portas que interligam os corredores precisam de senha ou cartão para passar, e nós não temos nada disso. Mas dá para desativar a energia e elas desbloqueiam.

- Só precisamos chegar na sala de controle. - Noah completou. - Cada pavilhão tem uma sala de controle. Nós podemos ir para lá, desativar a energia desse pavilhão e vocês conseguem passar e chegar até a Millie.

- Então é o seguinte: eu e Noah vamos lá, e você é Sadie vão achar ela. - Iris propôs, e nós dois assentimos.

- Mas e quando os infectados entrarem? - Sadie perguntou.

Ambos Iris e Noah não tinham uma resposta para isso.

- Ah, a gente se vira. - Noah falou - Agora vão! E boa sorte. - ele mostrou confiança.

- Para vocês também. - respondi. Eu e Sadie continuamos correndo para frente, e a outra dupla começou a voltar.

Millie

- Acho que você se lembrou. - Heir falou. Eu ainda não conseguia me mover.

- Entao foi você quem causou o incêndio que matou a minha mãe. - eu disse com nojo.

- É, eu tentei dar um fim nela e em você também, mas ela te salvou. O que não adiantou muita coisa, pois eu vou precisar de você para a cura. Eu só preciso do seu sangue. - ele falava como se fosse algo bom. - Em dentro de meia hora o primeiro pavilhão vai estar cheio de infectados e nós vamos ver se você é tudo isso mesmo.

- Primeiro pavilhão? Mas eles estão lá! Meus amigos estão lá! Como assim?

- Pois é, é esse pavilhão mesmo. Vai tudo por água a baixo. Millie, pra você ter ideia, eu sacrifiquei tudo para chegar até aqui. Acho que você também consegue.

- Eu não sou um monstro igual a você. Eles vão me achar e eu vou sair daqui.

- Claro que vão. - ele falou com um sorrisinho irônico. - Até lá, boa sorte.

Ele levantou, foi em direção a porta e saiu. Fiquei ali processando tudo. Ele matou a minha mãe! Aquele desgraçado! O pior é que eu não conseguia me mexer, quase nem falar direito. Estavam me matando. Meus amigos estavam em perigo.

Com todas as forças que me restavam, com todo o ódio que senti depois do que aquele homem disse, com todas as memórias com a Sadie, com tudo o que eu sentia por Finn, forcei meus músculos com tudo o que me restava. Não era hora de desistir.

***
VOCÊS PEDIRAM E AQUI ESTOU EU(vendo a luz brilhaaaaaaarr)

CHEGAY COM UMA ATT MAIS RAPIDA Q O FLASH

Por isso, vou pedir a vcs q dêem uma olhadinha em Instagram-Istrangi Tings, é só humor gnt, n vão se arrepender 💛💛

Gostaram desse capítulo? Conseguiram acertar alguma teoria? Heueheue. O próximo tá loko tmb, cuidado💥

Be Together · FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora