Esqueça tudo que você já leu de Chapeuzinho Vermelho e venha conhecer uma história completamente diferente das outras versões desse conto que conquistou várias pessoas... Onde a garotinha ingênua se tornou uma isca fácil para seu predador.
Tic Tac...
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O ar gélido da noite envolvia meu corpo enquanto descíamos da carruagem na frente do campo florido. A lua no céu brilhava e o local reunia todos os habitantes de Pines, que estavam dando risadas à luz de velas aromáticas que enfeitavam cada pedaço do campo. O local estava perfeitamente bem arrumado, mesas redondas em todas as partes, arcos de flores, barraca de comida, músicos. Parecia até que hoje seria o casamento... Talvez, não, claro que não!
A música da arpa era um som mais belo que alguém poderia produzir, jovens moças com vestidos cinza ou com cores menos chamativas. Homens de preto, o padre ajeitando suas falas no pequeno pedaço de papel e Maxon em pé ao lado de alguns rapazes – conversando!
Segui meus pais e minhas irmãs um pouco insegura, eu já conseguia sentir os olhares sobre mim e até alguns comentários como “porque ele escolheu ela?!” ou “a assassina vai casar!”. Bufei, quantos anos essas pessoas tinham?!
Andamos em direção ao centro do campo, onde a família do “noivo” estava reunida. Olhei para cima e pude ver a lua tão cheia e com uma beleza inigualável.
Geórgia cumprimentou o casal e seus filhos, enquanto meu pai puxou Sr. Lazar para uma conversa amigável. Ruby fez uma pequena revência e seguiu em direção ao um grupo de jovens que tagarelavam em um canto próximo da mesa. Já Esme preferiu ficar sentada ao redor da mesa redonda.
— Está nervosa? — Indagou Rose tomando minha atenção para si.
— Não. — Menti, com um sorriso de lado.
A garota soltou uma gargalhada divertida.
— Nunca foi boa com mentiras Anna. — Comentou. — E pelo que vejo não mudou muito....
— Talvez. — Repliquei a fitando. Rose usava um vestido simples na cor bege, com um casaco preto por cima, seus cabelos estavam em um coque alto e bem arrumado.
— Só espero que aguente meu irmão. — Comenta com divertimento. — Ele é um pouco idiota...
— Desculpe-me Rose, mas não quero falar de seu irmão. — Admito, a fazendo me olhar surpresa pelo modo que eu a tratei. — Agora se me der licença, tenho que encontrar alguém.
Giro os calcanhares e ando em uma direção afastada do campo – especificamente perto da estradinha. O local estava tranquilo e silencioso a floresta a frente estava escura e pavorosa. As correntes de ar passaram rapidamente por assim que me sentei numa pedra que ficava nas a proximidades da entrada da floresta Pines.
Passei a mão em meus cabelos, enquanto respirava fundo tentando evitar o choro. Os sentimentos, tristeza, frustração e raiva, tudo estava misturado em uma só pessoa. Como foram capazes de fazer isso comigo? Por que papai quer tanto que eu cassasse? Perguntas como essa rodavam na minha mente – como uma roleta.
