Não é atoa que eu escrevo o Florescer, e já estava mais do que na hora de trazer esse assunto à tona: o uso da linguagem "neutra" ou "não-binária"
Com isso, eu quero falar de inclusão, e não é só com pessoas que não se encaixam no masculino ou feminino.
Ligar "ele" à alguém homem está ultrapassado, assim como ligar "ela" à mulher. A sociedade pensa, e continua a construir seu pensamento de forma diferente, gradualmente. É por isso que nós, cada vez mais, aumentamos nosso conhecimento em relação à assuntos como esse que estou tratando aqui -a evolução da linguagem, porque de outro lado, há aqueles que pesquisam, constroem e elaboram ideias que os identificam, já que o que lhes foi ensinado, não faz esse trabalho. O que estou dizendo, é que, da mesma forma que uma vagina não identifica "mulher", como já disse muitas vezes aqui, dizer ela/dela em relação à alguém não justifica essa pessoa ser do gênero feminino, pois essas ideias são construções sociais, e parte da sociedade, no momento em que estamos vivendo, não mais se identifica e/ou aceita esses rótulos.
Atualmente, "ele" e "ela" não suprem a necessidade de todos -se é que algum dia fez.
Países como a Suécia já deram grandes passos em relação à inclusão dentro da língua. Por exemplo, em 2016, o país fez oficial um novo pronome. Antes apenas han (ele) e hon (ela), agora também vem acompanhado o pronome hen, que identifica alguém de identidade de gênero desconhecida, ou para evitar especificação.
No Brasil, é mais comum o uso dessa linguagem pela internet. No começo, era bem problemático, pois usando o @ ou x no final das palavras (como, por exemplo, em lind@ e em alunxs, a fala se torna complicada, e além disso, a adaptação para deficientes visuais era um problema, pois muitas vezes eles dependem de aplicativos de acessibilidade, que transformam as palavras em audio, e isso dificulta sua compreensão.
Apesar de essa forma linguística ainda ser muito utilizada e reproduzida, há outras formas de utilizá-la, ainda mais inclusivas. Por isso, peço que use o que vou ensinar a seguir, não apenas com pessoas não binárias... mas, com alguém que você desconhece o gênero -lembre-se!, pergunte para saber, não faça especulações baseadas em estereótipos e construções sociais (no caso, realmente nada: não faça especulações sobre o gênero de ninguém); quando alguém pedir pra ser chamade assim -sério gente, não é tão difícil assim fazer um esforcinho desses... difícil mesmo é ter de conviver com alguém que não respeita sua preferência em algo tão simples e necessário assim; e também, quando for falar sobre um grupo de pessoas onde o gênero não é um só -a diferença entre usar o masculino ou o neutro, é que quando usamos o neutro, passa-se uma noção mais inclusiva e diversa, além de que, de quebra, ainda nos livramos dessa regra machista, que no final das contas nem está ligada aos homens, mas socialmente está, pois nós estamos acostumades a ligar "masculino" ao homem, em todos os sentidos.
(Se alguém te pedir pra usar o "x" ou "@", use! Mas, ao contrário sempre prefira esta forma...)
O uso da vogal "e" no lugar de "a" ou "o" no final de palavras, como adjetivos, é o mais comum e inclusivo, e que eu particularmente mais gosto!
Alguns exemplos são:
-Linda(o): lindE
-Menina(o): meninE
-Todas(os): todEs
-Obrigada(o): obrigadE
-Moça(o): moCE
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florescer
PoesiaSer um botão de flor não necessariamente significa se esconder, mas, florescer certamente simboliza o ato de mostrar ao mundo a verdadeira imagem de quem somos, com amor, aceitação e muita, muita coragem. Florescer é um livro para todos: quem precis...