✧Hostage✧

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I wanna be alone...
Alone with you, does that make sense?
(VEJAM A TRADUÇÃO DESSA MÚSICA AI NA MÍDIA E LEIAM A ESCUTANDO, SÉRIO)

    Finn não pensou duas vezes, apenas correu para fora de casa, mesmo estando escuro e que ele pudesse ser sequestrado. Quem liga? Noah estava chorando.

Noah precisava dele.

Pegou sua bicicleta, sem ligar com o barulho que poderia acordar seus pais. Apenas pedalou com toda força, sentindo uma dor fraca nas panturrilhas, mas isso não importou.

De repente a merda da bicicleta passou por um solavanco, talvez um buraco. Finn voou para o chão, entrando em contato com o asfalto frio. Olhou para sua bike e o pneu tinha estourado.

— PORRA! — Estava nervoso e parecia que tudo estava contra ele no momento.

Jogou a bicicleta para um canto e saiu correndo, sem ligar para os joelhos ralados. O sangue escorrendo por sua perna não iria para-lo.

Sentia uma pressão no pulmão, mas não era por estar correndo, ou por estar cansado, era porque não conseguia respirar de tão preocupado que estava.

Chegando na casa do amigo, arfava e tinha o corpo suado. Tentou abrir a porta, mas ela estava trancada. Finn sabia que não conseguiria arrombar, não era forte o bastante, então lembrou da chave que tinham de reserva.

Embaixo do tapete, de forma mais clichê impossível, pegou a chave e abriu a porta com as mãos trêmulas.

Entrou e não tinha ninguém. Estava tão escuro, não conseguia ver nada pela sala do local. Tocou no interruptor e acendeu a luz do lustre chique que enfeitava e iluminava o cômodo.

— Noah? — Perguntou baixo, mas ao escutar um soluço vindo de trás só sofá, correu até ele.

O estado de Noah deu medo a Finn. E se ele não fosse capaz de ajudar? E se ele não fosse o suficiente?

O baixinho estava encolhido no chão e não teve nem mesmo forças para mudar sua atenção para o amigo que acabara de chegar. Seu choro cortava cada vez mais o coração de Finn, que sentia dor a cada soluço.

Abaixou-se com cuidado, sem querer assustar o Schnapp. Viu que o menino tremia e parecia estar bem mais abalado que normalmente fica se algo acontece, parecia estar tendo um ataque.

Noah então virou o rosto bruscamente e sua boca batia. Ele tremia muito e respirava fundo, como se o ar estivesse mais denso que normalmente está.

— Noah, o que aconteceu? O que está acontecendo? — O cacheado colocou as mãos nas bochechas do baixinho, que tinham lágrimas encharcando todo o rosto.

— A-Acho que e-estou... — Suspirou e fechou os olhos fortemente. — Tendo um a-ataque de pânico. — Disse com dificuldade, enquanto se embargava com palavras.

— Tente respirar mais devagar. Inspire com o nariz e expire com a boca. — Tentou. Finn sabia que em um ataque de pânico a respiração é a coisa mais importante, se a pessoa normalizar a respiração, o ataque cessa.

Noah tentou, mas o ar estava parando na sua garganta e parecia não descer. O oxigênio tinha se tornado um peso e estava impossível respirá-lo.

— N-Não está dando certo! — Falou alto, ainda tentando normalizar a respiração.

Finn se desesperou junto com ele. O que ele pode fazer? Como ajudar? Precisa normalizar a respiração do rapaz de qualquer modo, mesmo que ele tenha que prende-la por alguns segundos.

Então teve uma ideia.

Se aproximou calmamente do rosto que ainda tinha entre as mãos. Suspirou uma última vez, porque não era só Noah que prenderia a respiração, Finn também. Olhou bem no fundo dos olhos assustados e castanhos do amigo que nutria um sentimento verdadeiro.

Fechou os olhos e juntou o nariz dos dois, por fim colando os lábios rosados nos que tremiam.

Noah tinha gosto de café.

Finn odiava café.

Porém... Não mais.

Foi apenas um selar de lábios calmo e sem lingua. Foi inocente e o coração do mais alto parecia poder sair da caixa torácica a qualquer momento, escutava seu batuque no canto do ouvido.

E Noah? Ele escutou os sinos. Os malditos sinos.

O cacheado aos poucos se afastou, ainda com a boca entreaberta e os olhos fechados. Tinha medo de abri-los e ver que na verdade aquilo não tinha sido real.

Mas quando deixou de tampar as orbes com as pálpebras e os cílios longos, seu olhar se encontrou com um Noah vermelho de olhos arregalados. Porém não pareciam mais assustados e perdidos como estavam antes.

— O que foi isso?— Perguntou, percebendo que não tremia mais e que agora a única coisa que estava diferente em seu corpo era o estômago cheio de borboletas.

— Uma vez eu li que para parar um ataque de pânico a pessoa tem que prender a respiração. — Disse calmamente, ditando as palavras de forma clara. Mas Noah ainda o olhava confuso. — E... Quando eu te beijei, você prendeu a respiração.

— Eu prendi? — Sussurrou, mas como a casa estava em completo silêncio, o outro mesmo assim escutou.

— Prendeu.

ME SEGURA

AAAAAAAAAAA

Se eu to gritando aqui, imagina vocês.

Tem mais hoje, segura um pouco e não morre.

Espero que vocês tenham amado esse capítulo que me inspirei na cena Stydia de Teen Wolf.

OBRIGADA POR LER ATÉ AQUI.

•••Kissus•••

I'm WillOnde histórias criam vida. Descubra agora