Frank Iero:
-Certo... Já estou chegando... Quando você vem?
Eu esperei a resposta do outro lado da linha, porém, só obtive sua respiração, antes da ligação cair.
-Incrível... - murmurei cansado, enquanto me aproximava cada vez mais da mansão.
Localizada na puta que pariu, a construção parecia uma catedral gótica. Ótimo.
O lugar, era uma mansão, do tipo "assombrada", em que vocês estariam cansados de ver em filmes de terror. Um puta clichê de 3 andares. Isso mesmo, portanto nem vou gastar tempo descrevendo a mesma, só usar sua imaginação.
E o porque de tanto clichê? Simples: esse lugar vivia disso. De pessoas que morrem de vontade de se sentir num filme de terror, e que por isso, gasta de suado dinheirinho (ou não), por alguns dias numa construção mofada e acabada.
Ah, e então porque EU estou neste lugar mofado e acabado? Por acaso eu sou uma dessas pessoas que morrem de vontade de me sentir num filme de terror?
Embora eu nutra uma certa paixão por filmes de terror, não, eu não sou uma dessas pessoas. Eu estou aqui contra a minha vontade.
Para melhorar ainda mais, essa caralha fica em cima de uma fucking montanha, e eu teria que escalar essa bosta, arrastando minha mala.
"Vai ser legal" eles dizem. Claro! Não são eles que tem que subir toda essa merda. É nessas horas que eu sinto falta de Argônio, meu pombo.
Mesmo eu sendo incrivelmente incrível, as vezes eu tinha alguns momentos como esse, que nem mesmo minha incrivacidade incrível me ajudava.
"Vamos ver... É só uma mansão... Não deve ser tão ruim..."
Claro que não, tirando o fato que vai haver outras pessoas morando lá, e mais uma vez, minha incravacidade incrível falha neste aspecto.
"Anda..."
Vou andando pelo local, passando rapidamente meus olhos pelo ambiente, guardando os detalhes para caso de eu me perder (o que era mesmo provável, graças ao meu ótimo senso de direção).
"O.K. talvez eu não seja tão incrivelmente incrível."
Rio sozinho, provavelmente parecendo um idiota na frente das outras pessoas.
"Eu sempre vou ser incrivelmente incrível..."