Frank Iero
Percebo que a loira da Neutrogena conseguiu me alcançar, estava quase achando que ele iria ganhar até...
–Cuidado... –Digo tentando o ajudar a se estabilizar. –Você está bem?
Encaro ele fixamente. Era perceptível o tom de preocupação na minha voz, o que deve ter feito Gerard levantar os olhos para mim.
– Estou bem, obrigado por... – por um tempo, ficamos apenas nos encarando, sem dizer nada um ao outro. Eu o olhava fixamente, e deve ser por isso que o mesmo não conseguira terminar sua frase. –Você ganhou. Parabéns. Parece que vou ter que fazer o que você quiser por hoje...
Respondeu levemente desapontado, dando um sorrisinho sem graça de lado.
Sorrio depois de um tempo, um tanto menos preocupado.–Nhé... Eu sabia que iria ganhar, eu sou incrível... –Digo bagunçando seu cabelo.
Gerard arrumou seu cabelo, que fora bagunçado mim, até que nos lembrou do verdadeiro motivo de estaremos ali.- Então... o que tem pra comer?
Dirigiu-se à geladeira, enquanto eu vou abrindo alguns armários, em busca de comida e acabo achando Nutella.
–Nutella sua linda...–Abro uma gaveta, e pego duas colheres indo em direção do loirinho.
–Hey...–Dou uma beliscadinha na sua bunda.–Quer Nutella?
Gerard estendeu a mão lentamente para pegar a colher, com as bochechas totalmente coradas, fazendo com que eu sorrisse.
–Você é tão fofinho, Miss Universo...
Vou comendo enquanto o encarava. Eu sei que não era para se pensar nisso mas... Isso é meio anti-higiênico... As bactérias das nossas bocas vão parar na Nutella, que vamos comer... Uau... Estou comendo bactérias bucais de Gerard Way cobertas de Nutella...
Tento não ficar pensando muito sobre isso enquanto o observava. Gerard lambeu a colher pela última vez, retirando todo o resto de Nutella da mesma. Com o canto do olho, Gerard percebeu que eu o estava encarando, porém, tentou me ignorar e jogou a colher na pia, apoiando-se na estrutura gelada.–Então, o que a gente faz agora?
–Não sei... Estava pensando em jogar alguma coisa... Será que aqui tem sala de jogos ou algo do tipo? –Olho para o mesmo e sorrio de lado. –E não pense que eu esqueci da aposta.
–Vamos procurar, também não conheço o local direito. – O mesmo me responde, e então começamos a caminhar.
Por todo caminho, vou pensando no que fazer com ele. Eu não imaginava ganhar, achei que pelo preço da aposta, ele fosse fazer de tudo para ganhar. E teria, se não tivesse tropeçado... As vezes, olho para o mesmo, enquanto caminhavamos. Seu rosto... Me peguei observando os detalhes, quase como se estivesse traçando mentalmente cada um deles, como num desenho. Antes que o mesmo perceba, volto a olhar para frente.
"...
Encontramos uma porta, que para mim, era o portal do paraíso.
–Vou chorar...
Digo e saio correndo e pulando pelo local.
–Tantos jogos...
Meus olhos param na guitarra/ controle. O jogo já estava ligado. Peguei a guitarra e chamei a loira de farmácia.
--Hey... Quer jogar guitar hero?