Chuck Norris
Depois de algum tempo, chego à suposta mansão, onde eu finalmente descansaria. Não estava mais com minha cobra morta (tive que jogar para entrar no avião, acontece), e sentia falta dela. Tinha até batizado de Jurema. Agora, estava sem Jurema. Minha vida não faz sentido. Havia poucas coisas na vida de que eu gostava. E uma delas, era da minha Jurema. Pensando nisso, vou entrando na mansão.
"Jurema..."
Eu tinha que parar com isso. Tinha um objetivo a cumprir, e não poderia me desviar. Teria que superar a perda de Jurema, e seguir em frente.
Fui andando pela mansão, com meu super oufato, senti cheiro de café sendo feito, e segui pelos corredores até chegar na cozinha, onde encontrei um ser humano, tomando café.–Hã... Bom dia... Posso tomar... Café?
Após eu dizer isso, o garoto que estava tomando o café, se virou para me encarar.
- Bom dia. Claro, ainda sobrou um pouco. Prefere com ou sem açúcar?
Sorri para o garoto, não só por sua educação. Quem diria que seria tão fácil assim?
Sento-me do seu lado, observando atentamente seu rosto.–Prefiro sem açúcar, por favor...
Ele colocou o líquido preto em uma xícara e entregou-a para mim.
– É novo por aqui?
Sorrio para o mesmo.
–Sim, acabei de chegar... E quando senti esse cheiro... Não resisti –Tomo um gole do café.–Você faz um café delicioso.
– Obrigado. A última pessoa que tomou o café que eu fiz não disse a mesma coisa.
Deu uma risadinha pra completar.
"Uma pessoa não? Se for quem eu estou pensando, então realmente ele está evoluindo..."
–Provavelmente, o nível de autismo da pessoa seja alto...
Tomo um gole do café, ainda o observando. Isso tudo está cada vez melhor.
–Sinto falta de ter sua idade... Quando eu poderia sair por aí, metralhando todo mundo... –Fico pensativo. –Qual seu nome, rapaz?
– Meu nome é Gerard, e o seu é...
"Então é ele mesmo..."
–Chuck. Chuck Norris...–Lhe estando a mão.
–Prazer. –Disse, apertando a minha mão. –Já sabe em qual quarto vai ficar?
–Hm... Não.
–Tudo bem. Quando cheguei também não sabia onde ficava nada. Talvez ainda tenha um quarto livre perto do meu. Quer dar uma olhada?
–Claro.
Digo e tomo todo o café, comendo uma torrada. Limpo minha boca e me levanto da mesa, assim como o mesmo, prontos para ir até os quartos.
Guiou-me até o andar de cima.
Após um tempo, achou uma porta e deu duas batidinhas. Como ninguém respondeu, girou a maçaneta e viu o cômodo desocupado.– Este está livre. Qualquer coisa, o meu quarto é aquele.
Apontou para sua porta. Sorrio, agradecido.
–Muito obrigado, mesmo...
Tiro de um dos meus bolsos da minha calça cargo, uma faca.
–Tome garoto, obrigado por tudo.
- Sem problemas. Até mais.
Respondeu enquanto aceitava a faca, e indo para seu quarto. Acabei fazendo o mesmo, e entrando no meu.