Vampires Will Never Hurt You

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Frank:

Fecho a porta ao entrar, mas não a tranco. Vou desfazendo a mala, sem nenhum cuidado, só tacando as roupas dentro do guarda-roupa mesmo. Ainda precisava deixar aquele lugar mais parecido comigo, mas a preguiça era tanta, que nem rolava.

-Que fome...

Coloco a primeira roupa que encontro, que eu ainda não havia jogado por aí, e vou até meu vizinho, ver se ele quer comer comigo.
Meu querido e maravilhoso vizinho, que eu acho que deve me odiar.
Tudo bem, ódio é uma palavra forte, mas convenhamos, eu não ajudei em nada. Sabia que não poderia continuar assim. Não queria me apegar à ele, mas de alguma forma não consigo agir feito gente perto do mesmo. Não que alguma vez na vida eu tenha agido como gente, mas com ele é pior.
Vejo a porta entreaberta, mas não querendo ser mais folgado que o normal, bato na porta.

--Hum... Miss Universo...? Quer ir... Sei lá... Na cozinha ver se tem algo para comer?

Pergunto fazendo com que Gerard fosse subitamente trazido à realidade. Seu olhar cai sobre mim, fazendo minha respiração falhar por alguns instantes.

-Claro. Também to com fome.- ele disse, respondendo.
Acompanho com os olhos, todos os movimentos da Miss Universo. Observo os posters do Misfits.

"Ele tem bom gosto..."

Levantou-se preguiçosamente, deixando o celular e os fones de ouvido em cima da cama e, ao passar ao do meu lado, ficou encarando meu pescoço por um longo tempo, o que me fez pensar na possibilidade do mesmo ser um vampiro.

- Gostei da tatuagem.

Logo, meus pensamentos são interrompidos, pela sua voz. Ele apontava para minha tatuagem no pescoço.

-Hã... Obrigado...

Parecia estranho eu receber um elogio do mesmo, mas sorrio sincero.

--E então, Loira de Farmácia, quer apostar uma corrida até a cozinha?

The Black MansionWhere stories live. Discover now