A429 [Concluído]

13🍁

Respiro fundo, solto meu cinto de segurança, vejo a mala no banco de trás. Pego uma colt m4, tinha treinado com ela e não fui tão mal assim. Escuto um barulho no vidro do carro, eles estão começando a atirar.

-Nosso carro é blindado. Mas se vc demorar pra revidar a blindagem não vai aguentar mt tempo.

Tyler diz, eu abro a janela e sento na mesma com cuidado, um tiro passa do meu lado fazendo com que meu coração gele. Miro no motorista e tento atirar, mas com o carro em movimento e minhas mãos trêmulas estava meio difícil.

-Merda, Abby.-Escuto a voz de Tyler.-Sabe dirigir?

Entro para o carro de novo e vou em direção ao volante, os tiros contra nos estava aumentando. Tyler senta na janela da mesma maneira que eu fiz e começa a disparar contra o carro.
Sem prestar muita atenção na estrada, não percebo uma curva. Com a alta velocidade do carro e essa maldita curva o carro capota.
Tyler sente o impacto e se joga para dentro do carro antes que ele seja amassado do lado de fora.
Eu estava sem cinto em meu corpo sai do banco e bate no parabrisa e sinto uma dor tremenda.
Quando finalmente para de girar eu não consigo nem gritar de tanta dor. Olho em volta e vejo que Tyler está com o rosto sangrando e completamente apagado.
Escuto passos se aproximando, pego a primeira arma que vejo pela frente. Assim que aparece uma cabeça eu atiro. Não foi difícil de acertar, ele estava na minha frente parado. Com a força do tiro a cabeça dele simplesmente explode me sujando com aquele sangue podre.

-TEM ALGUEM VIVO LA DENTRO!

Um deles grita e meu coração acelera de uma forma nunca vista antes. Minha respiração fica descontrolada meu corpo por inteiro começa a formigar. Perco minha consciência antes que possa fazer mais alguma coisa.

Um tempo depois

Acordo mas parece que não tenho visão de mais nada. Esta tudo escuro, consigo avistar uma luz no chão, provavelmente ali é uma porta e isso me da a certeza de que não estou cega. Tento engatinhar ate lá mas algo segura minha perna e eu me assusto, forço a perna novamente e escuto um barulho de corrente.
Sento novamente passando a mao em meu tornozelo, sinto algo gelado. Como não consigo enxergar nada nessa escuridão, imagino que seja uma corrente de ferro.

-Tyler?

Pergunto baixinho para saber se ele esta aqui comigo, mas não obtive respostas.

-Tyler, você esta aqui?

Falo com voz de choro, não quero ficar aqui sozinha. Que merda eu fiz? E se Tyler estiver morto agora?
Me assusto com um barulho repentino vindo da porta, ela está sendo destrancada. Após ser aberta sou obrigada a fechar os olhos por conta do clarão que vinha da mesma.

-Bom dia, bela adormecida.

Escuto a voz de David com um tom irônico repetindo a mesma frase que foi dita dias atrás.

-Aonde eu estou?

Pergunto tentando abrir os olhos mas ainda não me acostumei com a claridade.

-Seria burrice da minha parte dizer isso, você não acha?

Escuto seus passos se aproximando de mim lentamente.

-Cadê o Tyler?

Ele se abaixa na minha frente tampando a claridade que me incomodava, então finalmente pude olha-lo.

-Digamos que Tyler não está mais entre nos, querida Abby.

Ele sorri vitorioso e aquele rosto que eu achava lindo se torna maldoso. Não acredito no que ele diz, Tyler não ia morrer tão fácil. Ele não pode morrer e me deixar aqui, sozinha.

-Abby, eu te ofereci tudo-Ele coloca a mão em meu rosto.- Meu amor, meu carinho, uma vida normal. Você não quis.

Ele se levanta e toda aquela calmaria que a voz dele transmitia deu espaço para uma grande raiva.

-VOCÊ PREFERIU DAR PRA ELE NÃO É MESMO ABBY?!

Me Encolhi no chão demonstrando todo o meu medo naquele momento. Não consigo conter minhas lagrimas e desabo ali mesmo.

-O QUE ELE TEM QUE EU NÃO TENHO,PORRA? O PAU DELE É MAIOR?

Ele estava prestes a abaixar a calça e uma voz o interrompe.

-Isso é maneira de se tratar uma dama?

Um homem aparentemente mais velho entra no local aonde estávamos, e eu agradeço a Deus por ele ter chego na hora exata.

-Oi pai.

David diz sem graça arrumando a calça que estava prestes a ser arrancada.

-Solte a menina, não é assim que tratamos visitante em nossa casa!

Pelo que tudo indica ele é o Juan David. Ele deve ser o chefe disso tudo e pelo que posso perceber, David morre de medo do pai.
Ele obedece as ordens do pai e me solta.

-Venha menina, temos muito o que conversar.