A429 [Concluído]

09🍁

Chego em casa e fico de bobeira, tomo meu banho, janto e fico observando Abby mexer no celular

Blim blim

Abby:Ei.

Me:Esta tomando as decisões certas, Abby.

Abby:Como sabe meu nome?

Me: Sei de muitas coisas.

Abby: Sabe quem matou minha mãe?

Me: Sei.

Abby: Foi você?

Me: Não, não tenho motivos para matar a sua mãe.

Abby: Quem a matou?

Me:Saberá quando estiver pronta.

Me: Boa noite, Abby.

Offline

O sono é maior do que eu, acabo apagando em questão de segundos.

06:30

Acordo com meu telefone tocando. Pego meu celular e vejo a foto e nome do Josh.

-Alo?- digo roco
-Tyler, fudeu.
-O que foi agora?
-Eles acharam a sua localização, estão a caminho dai agr.
-Quem?
- Juan David.
-Merda. Protege a Abby que dou conta deles.

Corro para o meu quarto e preparo meu melhor armamento. Faz um tempo que não atiro, mas diria que é igual andar de bicicleta, a gente nunca esquece.
Preciso pensar em um plano de ação, ele não vai vir sozinho me matar, seria muito fácil. Os capangas devem vir junto.
Já sei o que irei fazer. Vou ate meu sótão e fico lá ate eles chegarem.

09:00

Vejo eles se aproximarem da minha casa. Moro sozinho no meio do mato, não tenho vizinhos, isso facilita a entrada deles aqui.
São mais ou menos 10. Pego minha sniper e me posiciono.
Dou o primeiro tiro em um cara na esquerda que estava mais afastado, ele cai duro no chão. Digamos que tenho uma mira excelente.
O silenciador que eu tenho nessa sniper faz com que mate as pessoas e eles não descubram aonde eu estou.
Derrubo mais 4, e eles decidem recuar. Dou uma risada vitoriosa e olho para trás.

-Você parece um rato escondido.-Juan sorri com ironia.
-O que você quer comigo, Juan?
-Digamos que você não me trás interesse nenhum. Mas aquela menina, ah aquela menina me trás muito interesse.
-Você sabe que não vai conseguir ela.
-Não preciso dela por inteiro, só de um dedinho para usar a digital.- Ele se aproxima de mim. - Pode ficar com o resto do corpo dela... Ou não, acho que essa parte me interessa também.

Dou uma cotovelada no queixo dele e um chute na barriga fazendo ele cair. Escuto passos na escada subindo o sótão, tiro minha arma da cintura e atiro ao ver o topo de uma cabeça.

-Me disseram que você não tinha sentimentos, Tyler. O que você quer com essa menina?
-Devo favores a mãe dela, nada além disso.
-haha- ele enxuga o sangue da boca.- Ela não passava de uma vagabunda, uma traficante de merda. Uma pena que morreu por outras mãos.

Atiro na perna dele, vejo ele gritar de dor e dou um sorriso.

-Sabe qual seu problema?-Ele diz em meio a gemidos de dor.- Você é muito convencido.

Ele ri vitorioso, segundos depois sinto dor e caio no chão gritando. Eu estava com um colete aprova de balas, mas um tiro a queima roupa poderia me matar.
Vejo um capanga dele atrás de umas caixas, era tudo uma armadilha e eu cai igual um trouxa.

-Poderia te dar um tiro de misericórdia. Mas você merece ter uma morte dolorosa. -Ele faz sinal para que o cara se aproxime- E tenho uma vadiazinha para matar também.

O capanga ajuda Juan a se levantar, e os dois vão embora. Retiro a camisa e o colete com dificuldade, vejo jorrar sangue. Pego minha camiseta e amarro na cintura. Me levanto e desço as escadas, não tenho tempo de sentir dor agora.

Ponto de vista da Abby.

-Então, querem minha digital?-Pergunto com duvida
-Sim. - Tyler responde.
-Mas porque?
-Sua mãe tem um local aonde guarda uma grana pesada. -David diz me olhando.- Bilhões ou mais.
-Todo o dinheiro do trafico que sua mãe conquistou esta lá.- Tyler se levanta, abaixa em minha frente e pega na minha mão.- Mas para entrar lá, eles precisam desse dedo aqui.

Ele mostra meu dedo indicador da mao direita. Eu estou muito confusa, pra mim isso tudo não passa daquelas histórias que escrevem na internet.

-Melhor você descansar, Abby. -David pega a mão que Tyler segurava.
-Eu realmente preciso.
-Te acompanho ate o quarto.

David me leva ate o quarto, me deixa na cama e me da um beijo na testa. Eu fecho os olhos e durmo.

[...]

Acordo com um barulho do lado de fora da casa, assustada levanto e olho pela janela. Vejo Tyler sentado no telhado olhando para a lua.

-Então, você é uma pessoa pensativa?

Aqueles lindos olhos claros olham para mim e pela primeira vez posso ver o seu sorriso, mesmo sendo um sorriso tímido era lindo.

-Nem sempre.-Ele responde.

Tyler se levanta com cuidado e vem em minha direção, sentando perto da janela em que eu estava.

-Tyler...- Chamo sua atenção.- Não tinha câmeras no meu banheiro né?

Ele me olha indignado e começa a rir.

-Claro que não, Abby.
-Ainda bem.

Ele continua pensativo e olhando para a lua. Minha curiosidade é grande demais para não saber o que ele está pensando.

-No que você tanto pensa?- pergunto o olhando.
-Em você.

Meu rosto fica vermelho nesse momento, ele me olha e ri.

- Não desse jeito, Abby. Em como vamos te defender daqui pra frente.
-Ei, não sou uma menina indefesa. Posso muito bem me defender sozinha. -Olho convencida.
-Não, você ainda não sabe. Mas posso te ensinar se você quiser.
-Ensinar o que?
-Ensinar a se defender, a atirar.
-Você faria isso por mim, Tyler?- Falo empolgada.
-Sim. - Ele ri da minha empolgação.
-Hiiiiii, OK. Amanha de manha começaremos.
-Sem problemas.
-Boa noite, Tyler.
-Boa noite, Abby.

Ele me olha no fundo os meus olhos e isso faz com que meu coração acelere. Algo nele mexe muito comigo.